Por que a escalação do Vasco contra o Novorizontino fazia sentido

Embora tenha sido com ela que o Cruz-Maltino perdeu, atribuir somente aos jogadores escolhidos - ou só ao técnico - é descontextualizar o aparente processo de evolução do time

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Seria até leviano dizer que Maurício Souza errou na escalação do Vasco contra o Novorizontino. Pois havia, sim, lógica na alteração promovida pelo treinador. Não deu certo, e aí nos cabe tentar entender por que motivo. Mas neste mesmo LANCE! você pôde ler, cinco dias atrás, que o próximo passo a ser dado era no setor ofensivo, e que o time estava ganhando confiança para tal.

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Após a derrota, o treinador avaliou que a noite foi toda negativa para o Cruz-Maltino, e tem razão. A defesa esteve insegura como quase nunca, o meio-campo não conseguia reter a posse da bola e o ataque criava pouco para finalizar mal. A melhor chance do time de São Januário foi com Andrey, mas o chute foi muito ruim.

Mas será que a presença de Figueiredo numa ponta, em vez de Palacios, com Getúlio ou mesmo Raniel no comando de ataque seriam suficientes para melhorar o desempenho do time? Jamais saberemos. O que nos cabe é tentar entender.

Maurício mesmo admitiu que, pelas diferenças de características, Figueiredo sairia mais da área do que as outras opções como centroavantes. Por outro lado, ter Palacios e Nene dá mais repertório técnico à equipe, em teoria. Maurício também admitiu que o ambiente foi hostil em Novo Horizonte.

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Ficam questionamentos: terá sido o jogo errado para testar a formação? A Série B permite dois jogadores de baixa capacidade de marcação na mesma linha (Nene e Palacios)? Será ousadia demais jogar sem um jogador mais fixo na área? Nenhuma resposta de momento será definitiva. O que pode acontecer é o time evoluir a ponto de essa mesma escalação, mais à frente, dar certo.

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