Primeiro Vasco de Lisca potencializa Bruno Gomes e Léo Jabá, mas pode e precisará melhorar na marcação

Com atenção ao aspecto psicológico do time, técnico fez alterações pontuais e importantes, só que a atuação de Vanderlei não deixa encobrir os insistentes problemas defensivos

imagem cameraVasco mostrou evolução no primeiro jogo de Lisca à frente do time (Vitor Brügger/Vasco)
Avatar
Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 25/07/2021
02:31
Atualizado em 25/07/2021
11:52
Compartilhar

O resultado foi satisfatório. A atuação foi aliviante. O primeiro jogo do Vasco sob as ordens de Lisca teve vitória por 4 a 1 no placar, um desempenho com momentos de maior e menor brilho e algumas novidades táticas. Um conjunto de fatores táticos, mais o emocional, que contribuíram para o sucesso da primeira noite.

O treinador foi obrigado a fazer uma alteração na escalação do último jogo. Só que sem MT, suspenso, ele alterou mais. O time deixou o 4-4-2 e passou para o 4-3-3. Léo Jabá foi o escolhido, mas foi ponta esquerda.

E Jabá foi um dos melhores da equipe, se não o melhor. Outro que esteve bem foi Bruno Gomes. O meio-campista seguiu titular, só que o treinador fez de Galarza o primeiro volante. Com mais liberdade, Bruno deu a assistência para Marquinhos Gabriel, deixou as expulsões recentes para trás e fez uma de suas melhores partidas recentes.

-> Confira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro

A intensidade também foi elogiada pelos torcedores, mas ela deve ser dividida em dois tópicos:

- Ofensivamente, o Vasco tende a ser, com Lisca, mais agressivo na busca por chances de gol. Mais do que com Marcelo Cabo e mais do que foi contra o Guarani.

Sim, porque vale lembrar que o Guarani fez Vanderlei ser o melhor jogador do primeiro tempo ao gerar 12 finalizações contra quatro do Cruz-Maltino. Mérito do time da casa pela letalidade e, individualmente, do goleiro vascaíno pela eficiência. E aí chegamos no segundo tópico da intensidade.

- Defensivamente, a impressão de uma equipe já mais "mordedora" não se sustenta numa análise mais profunda. O Guarani conseguiu envolver a equipe da casa durante diferentes momentos, conforme os números citados no parágrafo anterior mostram. Certamente, o próprio Lisca percebeu isso. Confira números de desarmes dos últimos três jogos.

Contra o Guarani, 19 desarmes - Lisca era o técnico
Contra o CSA, 13 desarmes - Alexandre Gomes era o técnico interino
Contra o Náutico, 18 desarmes - Marcelo Cabo era o técnico

O principal mérito de Lisca foi mudar o astral do time em pouco tempo. Ele mesmo admitiu que precisava fazer isso.

- Com pouco tempo de trabalho, o emocional era o principal - explicou.

Veremos o que mais o Vasco de Lisca apresentará.

Siga o Lance! no Google News