A vitória do Vasco sobre o Brusque, na última sexta-feira, deu alívio e esperança por si só. Mas ela carrega também alguns sinais importantes para um time que segue precisando de uma arrancada histórica para conseguir voltar à Série A do Campeonato Brasileiro.
O primeiro sinal é a sorte, que não faz mal a ninguém e que - dizem - ser preciso merecê-la. Os fatos se desencadearam de tal forma em Santa Catarina que somente a entrega e a competência não explicam. E esses mesmos fatos explicam por que não há motivo para empolgação. Explico.
O time de Fernando Diniz teve sorte no primeiro gol anulado do Brusque porque novamente falhou na bola aérea defensiva. Muito provavelmente Nonato faria o gol se estivesse em posição legal.
Teve sorte também porque um aparente erro colossal no VAR evitou a abertura do placar em favor do Quadricolor quando o Cruz-Maltino já estava com um jogador a menos. De novo: ter sorte não é problema.
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Principalmente quando há virtudes a serem observadas. Se Cano foi pouco visto, Nene apareceu para ser novamente importante. O time conseguiu a proeza de ficar um jogo sem sofrer gol, o que não ocorria há seis jogos - por mais que tenha sofrido os gols que acabaram anulados.
O Vasco foi letal no ataque, deu um jeito de não sofrer gol, não deixou o rival ser superior nem na entrega nem na concentração e teve a sorte a seu favor. Esses quatro fatores vão ter que se repetir por pelo menos mais nove vezes para o acesso ser consumado. Segue muito difícil. O que se viu foi uma luz.