O que muda no Vasco com a volta dos treinamentos a São Januário
Cruz-Maltino vai fazer uso da estrutura da Colina Histórica, após encerrar o contrato de aluguel do CT das Vargens, visando diminuir os custos em meio a pandemia do COVID-19
Favorável ao retorno das atividades no futebol carioca, o Vasco já deu início a alguns preparativos com este objetivo, nos últimos dias. Além de seguir à risca o protocolo de orientações elaborado pelos médicos do clube e pela Ferj, o Cruz-Maltino vai usar São Januário, visando a diminuição de custos em meio a pandemia, após ter encerrado o contrato de aluguel do CT das Vargens. Diretoria e Comissão técnica garantem que a mudança não trará qualquer prejuízo na preparação da equipe.
Na Colina Histórica, o clube dispõe das áreas atrás do gol no campo principal e de um campo anexo. Os espaços são considerados suficientes, em especial no período inicial de retorno, em que as atividades serão mais restritas devido a necessidade de distanciamento.
Em entrevista ao Uol Esporte, o vice-presidente de patrimônio, André Luiz Vieira, afirmou que uma empresa especializada fará a desinfecção das instalações, vestiários e departamento médico e que a estrutura do CAPRRES (Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo) voltará a ser utilizada.
Desde 2018, o elenco principal do Vasco não treina em São Januário. A mudança, no entanto, será provisória. O novo CT está em construção e tem previsão de entrega para julho deste ano. A volta para casa também vai significar uma economia de cerca de R$500 mil mensais gastos com o aluguel do antigo CT do Almirante.
Protocolo seguido à risca
Além da mudança do espaço físico, os jogadores terão que adotar novos hábitos, conforme determina o protocolo "Jogo Seguro", endossado pela Ferj e demais clubes que disputam o estadual, com exceção de Fluminense e Botafogo.
Os atletas deverão ir treinar com o próprio veículo, de preferência sozinhos, e já chegar vestidos para as atividades. Cada um terá uma vaga previamente definida no estacionamento. Ao chegarem, todos terão a temperatura auferida.
O documento também recomenda que os jogadores sejam separados em pequenos grupos para não haver contato ou compartilhamento de materiais e mantendo uma distância segura. Os treinos devem ter um número reduzido de profissionais, poupando aqueles que estiverem no grupo de risco. Todos o staff deverá usar máscaras.
Apertos de mão, abraços e uso de adornos (brincos, pulseiras, cordões e relógios) estão vetados, assim como a presença da imprensa.