Após o presidente do Vasco, Alexandre Campello, e o presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, o Mussa, trocarem acusações sobre a lista de sócios aptos a votarem nas eleições de novembro, foi a vez do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro se manifestar. Em vídeos publicados nas redes sociais, nesta quarta-feira, Monteiro se qualificou como o único nome que não está a serviço de nenhum candidato.
– Em nenhum momento sou candidato. Buscamos a todos momentos a lisura e rigidez do processo eleitoral. Infelizmente, dois presidentes de poderes estão envolvidos. Um é candidato à reeleição, que é o presidente Campello, e o Mussa, que é um presidente partidarizado da chapa Sempre Vasco. Isso todos sabem, e assim ele tem agido. Em ambos os casos não há a devida isenção no processo eleitoral. Ao contrário de mim, que não estou aqui trabalhando para nenhum candidato. Estou apenas fazendo o meu trabalho. Eu desafio alguém a provar o contrário. Tenho sido uma pessoa totalmente isenta no processo. As falhas acontecem com qualquer ser-humano. Não estou dizendo aqui que, em relação aos presidentes Campello e Mussa, houve má fé - afirmou Monteiro.
Monteiro também se defendeu das acusações de ter incluído 46 nomes de forma irregular na lista, ligados ao grupo político Identidade Vasco, do qual o presidente do CD faz parte.
– Eu realmente conheço alguns desses nomes, mas não conheço todos. Percebi que desses 46 nomes apresentados, temos quatro beneméritos. Estranhamente são nomes que não estavam na lista, mas todos sabem que beneméritos são nomes que devem estar na lista. Um benfeitor remido conhecidíssimo, já foi diretor e vice-presidente do Roberto Dinamite. E o presidente Campello me parece que queria mantê-lo fora. Outros 20 sócios ativos que por acaso tinham seus comprovantes de pagamento. Isso consta na própria planilha que o Vasco apresentou. E seis sócios-proprietários que, apesar de constarem como suspensos inadimplentes, a Junta Recursal, por unanimidade, deferiu seus recursos.
Sobre a exclusão de sócios, ele justificou os critérios adotados.
– São 362 sócios com algumas inconsistências, como benfeitor remido, como ausência de pagamento de joia, descontos indevidos em mensalidades, migrações indevidas... esses devem apresentar seus recursos e regularizar. A Junta retirou os sócios acima 90 anos porque entendia que tinha muitos dados de falecidos. Foram cerca de 900 cortes em função da idade. É um processo sem face. Não olhamos em nenhum momento quem eram as pessoas que estavam sendo retiradas. Apenas analisamos as inconsistências financeiras. Não houve perseguição em nenhum momento a quem quer que seja – concluiu Monteiro.