Jorge Rodrigues/Eleven
Na derrota para o Atlético-PR, na última semana, a análise do LANCE! isentou o técnico Alberto Valentim de alguma culpa no resultado negativo. Afinal, a equipe foi bem e poderia ter conseguido mais. Contra o Santos, neste sábado, no Maracanã, a história foi bem diferente. O treinador mudou o esquema tático, mexeu no time e viu uma das piores atuações do ano.
De principal, a saída do volante Desábato, contestado nos últimos meses. Titular desde janeiro, quando foi contratado, o argentino não vinha fazendo bons jogos, é verdade. Em seu lugar, Valentim deu chances ao atacante Kelvin e avançou o posicionamento da equipe. A intenção era marcar em cima e pressionar o adversário. Não deu certo e, antes mesmo dos cinco minutos, o Santos abriu o placar.
- A gente não obedecer o que nós propomos com quatro minutos, não pode. Tínhamos que fazer mais pressão, mais forte. São propostas de jogo, que planejou fazer. Pior coisa é falar e não conseguir fazer. Isso vamos ter que trabalhar muito forte para corrigir. Não salva nada. Temos que estar aqui para entender que fizemos um jogo muito ruim e vamos mudar - afirma o treinador, que explica as mudanças.
- Não foi por causa da ausência do Desábato que tomamos três gols. Na maioria das vezes põem a culpa na zaga. No futebol moderno, a fase defensiva começa na frente. Todos têm a obrigação de marcar. São jogadores com mais importância na parte defensiva, mas todos responsáveis. Não tem problema nenhum jogar com sem um primeiro volante.
O treinador não revelou se pretende manter o esquema tático, com Andrey e Raul formando o meio de campo defensivo. Agora, com mais dias para treinar, terá a possibilidade de armar uma estratégia para enfrentar o América-MG fora de casa. O 1 a 0 no próximo jogo pode ser considerado goleada.