O Vasco deu mais um passo importante para a reforma de São Januário. Com o projeto aprovado desde meados de 2024, as obras, previstas para início de 2025, estavam travadas, por dificuldades de vender o potencial construtivo do estádio. Mas, agora, o Cruz-Maltino tem uma proposta pela aquisição de 25% da Colina Histórica, segundo o jornalista Ancelmo Gois.
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As propostas chegaram por meio de “cartas de intenção”, um documento formal que expressa interesse e inicia discussões sobre possíveis parcerias. A venda poderá render cerca de R$ 110 milhões ao clube, podendo impulsionar ainda mais os planos da reforma, de acordo com Renato Brito, 2º vice-presidente, durante a primeira reunião do Conselho Consultivo.
O Cruz-Maltino tem 32 projetos complementares para a reforma de São Januário, que incluem sistema viário e de esgoto. Além disso, conseguiu acordar no mercado a venda de 50.000m da oba, que só deve ser oficializado com a conclusão da SPE, Sociedade de Propósito Específico. A SPE corresponde a uma sociedade com as mesmas características do consórcio contratual, porém com personalidade jurídica, em que a sociedade empresária é constituída especificamente para uma ação ou projeto. Sem essa formalização, a venda do potencial construtivo permanece inviável, embora o interesse de empresas no projeto seja um indicativo positivo para os próximos passos.
A ideia é ter uma nova reunião em abril para fazer andar as negociações. As obras devem começar para o fim de 2025, com cerca de um ano de atraso.
O Projeto do novo São Januário
A reforma de São Januário está orçada em R$ 506 milhões. O Vasco espera arrecadar R$ 500 milhões através da lei do potencial construtivo. O que se tem no projeto de lei é um valor que seja compatível com o que a Prefeitura está "dando" ao Vasco.
Com isso, a obra se torna viável para o clube. O Vasco também pretende realizar a venda dos naming rights de São Januário para captar mais recursos e aumentar o orçamento da reforma do estádio. Esse plano visa a ampliação de São Januário para 46 mil torcedores. A proposta, desenvolvida por torcedores, conta com opiniões de vascaínos e moradores da Barreira para atualizações.
O que é o potencial construtivo?
O potencial construtivo consiste no quanto você pode construir num terreno da sua propriedade, desde que seja respeitada a zona que pertence o local. Cada cidade tem um plano diretor com as características das regiões e regras próprias para construção.
O projeto de lei complementar tem por objetivo permitir que o Vasco transfira o potencial construtivo que ele teria direito de usar em São Januário para outros locais da Cidade com mais infraestrutura, como grande parte da Zona Norte e algumas regiões da Barra. Ele poderá vender esse “direito de construir” para outros particulares e com isso arrecadar fundos para reformar o estádio e seu entorno.
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O clube tinha a expectativa de iniciar as obras ao início de 2025, mas tem encontrado dificuldades além do esperado para vender o potencial, como juros muito altos, e a concorrência no mercado para a venda do potencial contrutivo, como do Autódromo e Parque Olímpico, na mesma região do Rio de Janeiro.