Vasco repudia declarações de Campello e promete tomar medidas ‘cabíveis na esfera criminal e cível’

Ex-presidente do clube acusa a gestão de Salgado a rebaixar o time e permanecer na Série B para facilitar a venda da SAF

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O Vasco rebateu a declaração do ex-presidente Alexandre Campello, que em participação ao podcast "Fora do Jogo", acusou a diretoria atual de rebaixar e manter o time na Série B com o interesse de vender o futebol do clube. Através de nota oficial, a instituição repudiou a insinuações do ex-dirigente, afirmando que "estão sendo tomadas as providências cabíveis na esfera criminal e cível".

- Havia interesses em vender o clube, por isso derrubaram o time assim que assumiram, mantiveram o time na segunda divisão e venderam. Você sabe qual é a comissão sobre a captação de recursos? Se não me falha a memória é algo em torno de 4%. Você sabe quanto é 4% de R$ 700 milhões? São R$ 28 milhões - afirmou Alexandre Campello em entrevista ao podcast "Fora de Jogo".

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Na resposta ao ex-presidente, o Vasco fez críticas sobre a administração de Alexandre Campello, que deixou o clube com salários atrasados e uma dívida de R$ 850 milhões. A nota trata as declarações do ex-dirigente como "absurda e desrespeitosa para com o clube, atletas, comissão técnica e todos aqueles que trabalham por sua recuperação" e lembra que a Lei da SAF foi editada em 2021, com o Cruz-Maltino já na Série B.

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Alexandre Campello presidiu o Vasco de 2018 a 2020, assumindo o clube após o último mandato de Eurico Miranda. A gestão terminou em dezembro de 2020, mas o Campeonato Brasileiro estava em andamento, por causa da mandemia de Covid-19. Jorge Salgado assumiu a presidência, mas o time foi rebaixado em fevereiro. O acesso foi conquistado no ano passado, no segundo ano consecutivo na Série B.

RESPOSTA DO VASCO PARA ALEXANDRE CAMPELLO

A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama vem manifestar seu repúdio às declarações caluniosas do senhor Alexandre Campello no podcast “Fora do Jogo”, em que afirma textualmente “(…) havia interesses em vender o clube, por isso derrubaram o time assim que assumiram, mantiveram o time na segunda divisão e venderam. Você sabe qual é a comissão sobre a captação de recursos? Se não me falha a memória é algo em torno de 4%. Você sabe quanto é 4% de R$ 700 milhões? São R$ 28 milhões.”

Nunca houve qualquer interesse dessa gestão em vender o clube. Houve, sim, um trabalho intenso para viabilizar financeiramente o clube que se encontrava com meses de salários atrasados e passivos da ordem de R$ 850 milhões ao final da gestão do senhor Campello e a equipe de futebol, lamentavelmente, já se encaminhava para o rebaixamento. A insinuação que haveria interesses na queda – e manutenção do time – na Série B é absurda e desrespeitosa para com o clube, atletas, comissão técnica e todos aqueles que trabalham por sua recuperação. Acresce que a lei 14.193, que instituiu a SAF, só foi editada no segundo semestre de 2021, quando o clube já disputava a segunda divisão.

Esclareça-se, por oportuno, que o CRVG não pagou comissão sobre captação de recursos. Houve a fixação de um teto estabelecido contratualmente como limite máximo da remuneração dos diversos assessores que participaram da maior operação de M&A com vistas à formação de uma SAF até o momento realizada no Brasil. Essa gestão tem orgulho de tê-la concretizado e, com isso, permitido abrir o caminho para a reabilitação financeira e esportiva do futebol vascaíno.

Tenha-se, ainda, presente que a remuneração em causa foi, inclusive, inferior à praticada no mercado de fusões e aquisições, e arcada pela pela Vasco SAF, já sob o controle da 777 Partners, sem incidir sobre o teto da assunção de dividas.

Por fim, informamos que já estão sendo tomadas as providências cabíveis na esfera criminal e cível para que o senhor Alexandre Campello responda pelas suas graves e caluniosas insinuações. Além disso, aproveitamos para esclarecer que as apurações solicitadas pelo Conselho Deliberativo de possíveis irregularidades administrativas e atos lesivos aos interesses do Clube realizados em gestões anteriores encontram-se em fase de conclusão e tão logo o relatório da empresa especializada seja disponibilizado será dado conhecimento aos Poderes do Clube para adoção das medidas cabíveis.

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