A noite tinha tudo para ser perfeita para o torcedor do Vasco. São Januário lotado, clima de festa e expectativa para o tão sonhado acesso. Mas tudo foi por água abaixo com uma sucessão de erros que vão desde a escalação de Jorginho até as falhas de Thiago Rodrigues e Edimar. O fim ainda teve requintes de crueldade, com um gol do Sampaio Corrêa no último lance do jogo.
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Com o soar do apito, o cenário parecia ainda mais favorável. Depois de uma jogada pela direita, Figueiredo alçou a bola, com categoria, e Anderson Conceição fez a Colina Histórica estremecer ao marcar, de cabeça. Tudo parecia pronto para a festa de uma torcida que lotou todos os jogos e carregou o time nos melhores e piores momentos da temporada.
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O Cruz-Maltino entrava em campo para disputar uma verdadeira final e uma vitória o recolocava de volta ao seu lugar. Mas não se pode querer inventar ou mudar o curso do que deu certo até aqui. Yuri Lara é um dos jogadores mais regulares do time e líder de desarmes das Séries A e B. É compreensível que tenha problemas físicos, mas Palacios não é um exímio marcador.
Ao longo de todo primeiro tempo, o chileno teve muita lentidão para recompor e preencher espaços. O time maranhense que não tem a ver com isso, soube aproveitar os deslizes defensivos do adversário para sair com a sua segunda vitória como visitante nesta Série B. A primeira havia sido contra o lanterna e já rebaixado Náutico.
Na direita, Nenê segurou demais a bola e forçou uma falta, que não existiu. No contra-ataque, Pará teve total liberdade para carregar e arriscar de longe sem ser incomodado. Thiago Rodrigues pulou totalmente atrasado em uma falha clamorosa para desespero do torcedor.
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O balançar da rede fez o Vasco se desestruturar de vez. Espaçado e sem conexões entre as linhas, a equipe fez um péssimo primeiro tempo. Jorginho foi equivocado na escalação e demorou a corrigir o 'latifúndio' que existia à frente da defesa cruz-maltina. Só foi mexer na volta do intervalo com Gabriel Pec e Yuri Lara.
O Vasco não subiu de produção como seu comandante esperava, e apostava em jogadas aéreas. Por ali, teve chance de marcar, mas Eguinaldo e Marlon Gomes cabecearam por cima. Sendo assim, outra lição precisa ser compreendida. Em um jogo decisivo, tem que ser letal e eficiente para não dar chance ao adversário.
E o Vasco fez justamente o oposto. Com uma jogada rápida de contra-ataque, a defesa não afastou e viu Gabriel Poveda, artilheiro da Série B, marcar. O desespero, então, tomou conta dentro e fora de campo. O universo que parecia totalmente favorável se virava contra pela própria incompetência do Gigante da Colina.
No fim, os Deuses do futebol pareciam conceder mais um prêmio ao time, como contra Operário e Criciúma. Andrey Santos estufou a rede aos 51 minutos. No entanto, desta vez fica mais um ensinamento, atenção redobrada para segurar o resultado. Pelo alto, Joércio subiu mais que Edimar e deu o golpe fatal.
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Com o clima de angústia, o torcedor vascaíno terá que torcer nesta sexta contra Ituano e Sport. Caso a equipe paulista triunfe, a última rodada promete mais uma final. Mas desta vez longe da Colina, no Novelli Júnior, dia 6, às 18h30. O Vasco terá mais de uma semana para se preparar e tentar garantir a vaga. Para coroar uma torcida que mostrou sua força ao longo de toda campanha e merece um futuro mais feliz.