Para os gigantes do futebol brasileiro, enfrentar o lanterna do Brasileirão em casa é sinônimo de vitória convincente para embalar na competição. Ou, pelo menos, deveria ser. Mas para o Vasco, no atual momento, a preocupação com demonstrar bom futebol para torcida fica em segundo plano. O que vale mesmo são os três pontos - tanto para subir na tabela, quanto para amenizar o clima conturbado.
Para o confronto, Zé Ricardo tinha - mais uma vez - um time de desfalques. Jogadores importantes suspensos, como Wagner e Desábato, além de inúmeros lesionados, do quarteto afastado e do goleiro na Copa do Mundo. Assim, com apenas um treino, Zé escalou uma equipe bem diferente da base que atua desde janeiro. O meio de campo, formado basicamente por Andrey e Cosendey eram as últimas opções no setor até mês passado. Assim como Luiz Gustavo. No banco, então, garotos recém-promovidos da base. Por isso, o treinador realmente não tinha como propor uma estratégia de jogo e envolver o adversário. Jogar feio em busca de um só golzinho foi de bom tamanho.
- Não fizemos uma partida brilhante hoje. Talvez, se tivesse sido um empate, também seria um resultado normal pelo futebol do Paraná. Superação para a gente não é uma questão de escolha, mas de necessidade - afirma o treinador, que pede paciência à torcida.
- A torcida precisa ter um pouquinho de paciência. As dificuldades são muito grandes. Hoje, tínhamos um time totalmente diferente da estreia. São sete jogos com sete escalações diferentes. Precisamos ter paciência.
Os três pontos, além de deixar o Vasco em condições de brigar pela parte de cima da tabela até a parada da Copa, ameniza um pouco o ambiente conturbado em São Januário. A atuação, certamente, será esquecida. Pouca coisa dentro de campo pode ser valorizada. Mas pelo menos os vascaínos puderam dormir de cabeça fria após uma noite sem graça em São Januário.