Novamente com momentos de tensão e discussões, a reforma do estatuto do Vasco avançou, mas ainda não foi completamente decidida. Em reunião na Sede Náutica da Lagoa nesta terça-feira, ficaram estabelecidos pontos como punições para gestores que cometerem ato de gestão temerária e novos critérios para o sócio votar e ser candidato a cargo. Entretanto, pontos mais polêmicos foram postergados. Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, deve marcar nova sessão após o Carnaval.
A maior confusão da noite foi com relação ao quórum da sessão. Isso gerou cerca de três grandes discussões ao longo da reunião. A mesa afirmou que havia, mas não declarou o número. Para ser aprovada, a proposta precisava de 2/3. No fim, os conselheiros mantiveram em um ano o tempo de associação para o sócio votar e aumentaram para seis anos o tempo para se tornar candidato (antes era cinco). Além disso, a idade mínima para se candidatar é de 35 anos. As mudanças acontecem somente depois da próxima eleição.
O que ainda será discutido tem relação com a proibição de conselheiros ocuparem cargos remunerados e uma instauração da inelegibilidade para o presidente que tiver as contas reprovadas no Conselho. Outra questão que ainda gera discussão é sobre o aumento do número de beneméritos de 150 para 160 ou 170, além da responsabilidade pela nomeação de novos membros.
Ao final da sessão, ficou conhecido também que a Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo votou por seis votos a cinco pela suspensão de Alexandre Campello por cinco dias. O presidente ainda vai ter a chance de se defender no plenário, que tem de referendar essa decisão. O mandatário é acusado de ter obstruído o trabalho de sindicância aberta para apurar a entrada de novos sócios no clube em 2019. Caso seja confirmada sua punição, o vice-presidente Elói Ferreira assume.