Zagueiro na lateral, garoto sacado, esquema torto… Zé se perde na Bahia
Vasco sofre mais uma derrota com placar elástico - desta vez, de forma apática. Nada deu certo para o treinador que errou ao improvisar, tentou consertar e se teve mais problemas
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Uma derrota por 3 a 0 em uma partida de mata-mata já é um resultado que fala por si só. Porém, o placar elástico talvez tenha sido o menor dos problemas do Vasco na Fonte Nova. Em meio a improvisações, substituição precipitada, falta de alternativas e postura sonolenta em campo, a única certeza é que Zé Ricardo se perdeu na estratégia contra o Bahia. O LANCE! explica alguns erros coletivos e individuais no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
- Sem dúvida foi uma partida muito abaixo. Se não foi a pior, foi uma das piores. Mas com certeza vamos fazer algumas mudanças para que a gente reaja. O momento é crítico. Nos decepcionamos muito hoje - admite Zé.
ESCALAÇÃO IMPROVISADA
Logo de início, uma surpresa: sem Rafael Galhardo, lesionado, o técnico optou por improvisar Werley na lateral e escalar Erazo novamente na defesa. Yago Pikachu, lateral de origem, seguiu como ponta. A intenção era não mudar o esquema que vinha sendo utilizado, porém, a entrada do zagueiro pela direita deu errado: não fortaleceu a marcação e foi um desastre ofensivamente.
Um lance que mostra a falta de entrosamento na direita e de organização no meio: Pikachu, com cacoete de lateral, seguiria marcando Léo Pelé e dá espaço a Vinícius. Wellington no meio não dobra marcação nem fecha passe. Desábato, perdido, deixa a bola chegar limpa em Zé Rafael: pic.twitter.com/jV4PPSpFV1
— João Mércio Gomes (@joaomercio) 10 de maio de 2018
- Opção do Werley na lateral é porque a gente sabia da força do lado esquerdo do Bahia. Estavámos sem o lateral de ofício que era o Rafael Galhardo. Ao mesmo tempo, queria ter um atleta mais rápido na frente (Pikachu). O Kelvin não está pronto pros 90 minutos - explica Zé Ricardo.
- A gente tinha que se comunicar, é a primeira vez que jogo com Werley (pela direita). Estamos pecando, perdendo a primeira e a segunda bola e dando espaços pro adversário finalizar. Tem que melhorar muito - disse Yago Pikachu no intervalo da partida.
SUBSTITUIÇÃO PRECOCE
Sem um meia de ofício em boas condições - Wagner ainda estava debilitado por conta de uma gripe - o Vasco começou com Bruno Cosendey jogando mais avançado no meio. E, logo após o segundo gol sofrido, com pouco mais de 30 minutos do primeiro tempo, Zé Ricardo fez sua primeira substituição no jogo, sacando o garoto para a entrada do camisa 20. Parecia perdido na estratégia.
DIA RUIM DE DESÁBATO
O argentino, fundamental no esquema do Vasco, esteve muito abaixo do que as atuações anteriores. Falhou em dois dos três gols. No segundo, largou a marcação de Edigar Junio na área, que cabeceou sozinho. No terceiro, perdeu a bola para Zé Rafael, que rolou para Vinícius colocar no ângulo de Martin Silva.
No detalhe: Desábato larga a marcação de Edigar Junio e Cosendey ainda se esforça para fazer a cobertura. Em seguida, o garoto é sacado por Zé Ricardo, como se tivesse falhado na jogada. Não foi #lanceFONTE pic.twitter.com/AceCTrBRoZ
— João Mércio Gomes (@joaomercio) 10 de maio de 2018
Erro feio de Desábato resulta no 3x0 do Bahia. Argentino não está em uma boa noite #lanceFONTE pic.twitter.com/mWkGlt2Tee
— João Mércio Gomes (@joaomercio) 10 de maio de 2018
ABATIMENTO
Mesmo com problemas táticos, o principal foi a postura abatida da equipe desde o início do jogo. Vale lembrar que ainda tem a partida de volta, marcada para depois da Copa do Mundo. Nisso, os problemas internos podem ter influenciado no rendimento da equipe. Porém, ficou claro que, pela primeira vez, Zé Ricardo se perdeu no comando do Vasco. O que não quer dizer que tudo está perdido. No domingo, o time terá a chance de se reabilitar diante do Vitória, em São Januário, em jogo válido pelo Brasileirão.
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