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Aos 36, Fabi lidera o Rexona em final, busca nona taça e não fala em parar

Líbero disputa neste domingo sua 12ª decisão da Superliga, sendo a 11ª consecutiva

Fabi
Favi vibra com ponto na semifinal da Superliga, contra o Vôlei Nestlé (Foto: Divulgação/CBV)

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Bicampeã olímpica e dona de oito títulos da Superliga feminina de vôlei, a líbero Fabi ainda tem lenha para queimar. Sem pensar em aposentadoria aos 36 anos, ela irá para a decisão do torneio nacional contra o Dentil/Praia Clube, neste domingo, às 9h, em Brasília, com uma vantagem em relação a todas as atletas ao seu redor: é a que mais esteve em quadra em jogos deste tipo.

Fabi chegou ao Rexona na temporada 2005/2006, após se destacar no extinto Oi/Campos. Desde então, não deixou de disputar uma final sequer da Superliga. Esta será a 12ª da carreira, sendo a 11ª consecutiva. Na edição 2000/2001, a carioca foi vice pelo Vasco, ao perder para o Flamengo.

Apesar de a ponteira Regiane, atual capitã da equipe, estar há mais tempo no elenco (chegou em 2004/2005), ela não participou de todos os duelos decisivos na condição de titular, como a ex-líbero da Seleção Brasileira. Atualmente, a atacante é reserva do time do técnico Bernardinho.

– Eu me cobro muito e sei quando não jogo bem. Vou para casa chateada e quero, no dia seguinte, poder fazer mais. A Fabi não tem nada de especial ou de diferente das outras. O que conta é essa vontade de crescer. Ainda tenho muito pela frente – declarou a líbero ao LANCE!.

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Fabi no primeiro treino em Brasília (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX)

No período, Fabi já vivenciou de tudo um pouco. Sentiu o peso das desconfianças envolvendo a Seleção Brasileira, que antes do ouro olímpico em Pequim-2008 acumulava uma sequência de derrotas em jogos decisivos, encarou viradas emocionantes sobre o Osasco, amargou derrotas para o rival em 2009/2010 e 2011/2012, e acompanhou o crescimento de jovens valores.

– Eu tenho uma relação de amor muito grande com este esporte. Não é só a questão de ganhar, ou quantas finais fiz. Quando entro em quadra com a sensação de, aos 36 anos, ter contribuído com o crescimento de uma Roberta, que foi reserva durante tanto tempo, ou da Natália, que voltou a jogar um voleibol incrível, ou da Gabi, sinto-me motivada a treinar todos os dias – disse.

Embora o Rexona tenha feito uma campanha arrasadora na primeira fase, com 21 vitórias e apenas uma derrota, a equipe não pôde decidir o título diante da torcida, como em anos anteriores. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) adotou um palco neutro, na capital federal. A atleta não escondeu certa frustração, mas diz entender a escolha:

– Gostaria de jogar a final no Rio, né? Mas temos de entender o critério da CBV. Talvez queiram popularizar mais o esporte e dar oportunidade para que outras cidades assistam a uma decisão de Superliga. Queria que fosse em casa, mas entendo. Temos de fazer o que for melhor para o vôlei brasileiro.

Fabi anunciou a saída da Seleção em junho de 2014, o que abriu definitivamente as portas para que Camila Brait, do Vôlei Nestlé, assumisse a titularidade. Na época, ela disse que pretendia priorizar a família, os amigos e os estudos, embora em nenhum momento tenha cogitado deixar de defender o clube do Rio de Janeiro.

Na segunda-feira, o técnico José Roberto Guimarães anunciará a primeira convocação do ano olímpico, mas a veterana garante que não haverá surpresa em relação ao seu nome.

– Garanto que não estarei na lista (risos).

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