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‘A Arena MRV será um divisor de águas na vida do Atlético’, diz Sérgio Coelho, em entrevista exclusiva ao L!

O novo presidente do Galo assume o clube nesta segunda-feira, 4 de janeiro, e promete ter uma gestão mais aberta a outras opiniões que possam ajudar o clube

Sérgio Coelho(à esquerda) e José Murilo Procópio comandarão o Galo no triênio 2021 a 2023
imagem cameraSérgio Coelho(à esquerda) e José Murilo Procópio comandarão o Galo no triênio 2021 a 2023-(Bruno Cantini/Atlético-MG;Agência Galo)
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Lance!
Belo Horizonte
Dia 03/01/2021
23:00
Atualizado em 04/01/2021
11:11

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O Atlético-MG terá novo presidente e novo estilo de gestão a partir desta segunda-feira, 4 de janeiro, quando haverá uma “troca” de Sérgios. Saí Sérgio Sette Câmara, que teve uma presidência mais austera, com muitos ajustes na vida financeira e administrativa do clube, e entra Sérgio Coelho, que se apresenta como um gestor que gosta de negociar e ainda de ouvir pensamentos diferentes em prol do clube.

Em entrevista exclusiva à reportagem Valinor Conteúdo/L!, falamos com o novo mandatário do Galo sobre temas que se ligam diretamente ao torcedor, como o estádio, acesso dos mais pobres à nova arena. De como o time será gerido e fortalecido e até do futebol feminino que deve ganhar um impulso com Sérgio Coelho durante seu mandato, que vai até o fim de 2023, o que deve lhe dar a honra de inaugurar o sonhado estádio alvinegro.

Confira o bate-papo abaixo com o homem que vai acalentar as pressões e os desejos dos atleticanos de ver o Galo vencedor e protagonista.

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1-Sérgio. Você tem dito com frequência que pretende ter um colegiado para ajudar nas decisões do dia a dia no clube. Essa mudança de postura, de ter um presidente com menos poderes, é um novo caminho para modernizar o Atlético?

Eu sou gestor há muitos anos. Trabalho com gestão a trinta e tantos anos e minha formação é em gestão, E eu sempre gostei de trabalhar tendo um órgão colegiado, ouvindo as pessoas que estão ao meu lado, debatendo cada assunto. Principalmente os mais importantes, para depois tomar uma decisão. Existem gestores que não gostam desta forma de trabalhar. Quanto à reforma do estatuto, um dos assuntos que a gente precisa reformar é o mais importante: que o presidente seja responsável pelos atos dele no comando do clube.

Então, esse é um ponto muito relevante. Também queremos verificar e mudar no estatuto tudo aquilo que a possa ajudar o presidente a tomar decisões com menor risco de erro. Nós vamos tentar fazer e apresentar ao Conselho Deliberativo sugestões para que sejam votadas e se eles acharem interessante aprovarem. Se não, que façam as mudanças que julguem necessárias da reforma que a gente provavelmente vai apresentar.

2- O “custo” Atlético subiu nos últimos anos, enquanto a receita fica mais estável. O estádio, a Arena MRV é o eixo principal para que o Galo se torne mais sustentável financeiramente?

A Arena MRV será um divisor de águas da vida do Atlético. Tanto do ponto de vista técnico como também financeiramente. Porque tudo que se vende no estádio pertence ao Atlético. Placas de publicidade, estacionamento, bares e todos os tipos de propagandas, aluguel para show, além de uma série de coisas, já que é uma arena multiuso. Então, financeiramente, pode ter certeza que vai ser um um salto muito grande na vida do nosso glorioso.

3- Em 2022, será o presidente que “cortará” a fita da arena, na inauguração. Qual o sentimento de abrir um sonho do torcedor em ver seu estádio pronto? E, o torcedor com menos poder aquisitivo terá espaço na Arena MRV?

Ser presidente que vai cortar a fita realmente é um privilégio, um orgulho, uma honra imensurável. E, tomara que isso aconteça dentro do prazo previsto(2022), e que dê tudo certinho. O estádio está sendo feito para os torcedores e estamos pensando em cada detalhe para o melhor conforto do torcedor.

Sobre a questão do espaço para os torcedores de menor poder aquisitivo, a gente pretende criar condições em determinados jogos de menor apelo, para que esses torcedores possam ir em maior número. Já naqueles jogos em que a demanda é muito grande por ingressos, pode haver um número reduzido de entradas para essa camada de público. Mas sempre vamos tentar prestigiar. E podemos até criar um plano especial através do sócio-torcedor, para que todos os torcedores consigam comprar em melhores condições o ingresso.

4- Sua eleição foi um ponto de convergência política no clube. Essa paz e harmonia tende a durar com uma união maior entre as correntes internas do clube em prol de algo maior?

Esse foi outro privilégio. Ser eleito sendo candidato único e tendo o Dr. José Murilo Procópio(vice) junto. E isto é um privilégio, uma honra. Eu me sinto muito feliz por todos que apoiaram o meu nome. Eu vou fazer uma administração para todos os conselheiros, para toda torcida, sem nenhum tipo de conflito. Não quero conflito com ninguém. Quero trabalhar corretamente, honestamente. Espero que dessa forma eu consiga manter todos ao meu lado durante os próximos três anos.

5- Os parceiros do clube, como o Rubens Menin, dizem que veem o Galo como potência esportiva em alguns anos se seguir um plano de austeridade e foco nos investimentos. Como isso será viável a começar por sua gestão?

O Atlético para ser campeão terá de investir. Investir financeiramente, comprar jogadores de qualidade. E, assim, o plantel passa a ter um custo mais caro na folha de pagamento. Sendo assim, o que nós precisamos fazer agora é aumentar nossas receitas. Para isso, uma coisa deve puxar a outra. Com o time bem, disputando com protagonismo nos campeonatos, como estamos agora, buscando a taça, a torcida fica entusiasmada.

Aí, a gente vende mais “Galo na Veia”(programa de sócio-torcedor), a gente vende o patrocínio da camisa por um valor maior Se classificando para a Libertadores teremos uma renda muito grande. Por isso, precisamos aumentar a renda e buscar um equilíbrio entre as entradas e saídas de receitas. E o orçamento de 2021 já está bem equilibrado. Nem mais, nem menos.

6- O elenco de 2021 está com uma base feita. E, você citou que pensa em umas cinco contratações para reforçar o time. Você terá papel mais intenso nas negociações, ou ficará mais à cargo do departamento de futebol fazer esses trâmites?

Eu gosto muito de negociar, sou negociante e sempre fui a vida inteira. Então, quando tem possibilidade de fazer uma negociação, eu gosto sempre de estar presente. Mas temos também nosso diretor de futebol, o Renato Salvador também. Eles são pessoas que sabem negociar, pessoas experientes, tarimbadas. Mas pode ter certeza que toda oportunidade que tiver para ajudar a fazer um bom negócio, eu vou estar presente sim. Isso é uma das minhas características como gestor.

7-O futebol feminino terá algum projeto especial para crescer na sua gestão?

Vai ter sim o futebol feminino. É uma das nossas prioridades Eu já pedi ao nosso diretor de negócios, Leandro Figueiredo, que fizesse um projeto para viabilizar o futebol feminino. Também para nos reunirmos com a Nina, que é a nossa coordenadora do futebol feminino, com o treinador e o Bira. Pedi a ele que também fizesse um projeto para que a equipe feminina tivesse condições técnicas para disputar o acesso para a A1 (primeira divisão nacional) no próximo ano.

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