O Atlético-MG conseguiu uma vitória fora de campo no caso Maicon Bolt, que processa o clube. A equipe mineira obteve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) um efeito suspensivo contra sentença de 1ª instância favorável ao jogador, que condenou o clube a pagar R$ 14 milhões a ele. A decisão anula o pedido dos advogados do atleta de a executar provisoriamente a sentença.
Detalhes da ação
Os advogados do jogador entraram com uma ação para obter uma "execução provisória", que obrigava o Atlético a pagar os 14 milhões de reais em 48 horas, contados desde a sexta-feira, 16 de outubro.
A Justiça do Trabalho acatou o pedido da defesa de Bolt para o pagamento da sentença e ainda, caso o Galo não cumpra a ordem judicial, poderá haver uma ordem de penhor nos créditos do clube relativos a cotas de direitos de transmissão de TV e de patrocínios.
Se o clube alvinegro não fizesse o depósito, as empresas que repassam valores ao Atlético, receberiam uma intimação da Justiça para depositarem em uma conta judicial o que teriam de pagar ao clube. Com o efeito suspensivo, a disputa judicial seguirá em outras instâncias da Justiça.
O que o jogador cobra do Galo
Ao saber que foi dispensado pelo Atlético-MG, no início do ano, Bolt resolveu acionar o Galo na Justiça do Trabalho. O jogador solicitou a rescisão indireta com o clube e cobrou valores que teria direito do contrato que iria até o fim de 2021.
A pedida inicial, de R$ 12 milhões, subiu para R$ 20 milhões e foi sentenciada em cerca de R$ 14 milhões.
Bolt cobra do alvinegro salários atrasados, luvas na assinatura do contrato, direitos de imagem e trabalhistas, pois alega que o clube seria obrigado a cumprir o vínculo. O Galo, porém diz que o acordo entre jogador e clube se encerraria em 2020.
Maicon Bolt, revelado pelo Fluminense, foi contratado pelo Atlético em janeiro de 2019. Ele estava livre, com passagens pelo Lokomotiv-RUS e Antalyaspor-TUR. Em 28 jogos, marcou dois gols e deu cinco assistências, mas sem desempenhos regulares, ficou de fora dos planos dos treinadores que chegavam ao clube, incluíndo Jorge Sampaoli, em 2020. Ele recebia cerca de 100 mil euros(R$ 476 mil) e não correspondeu a expectativa criada sobre seu futebol.