Atlético-MG está com um olho no clássico e outro na Libertadores.
A preparação da equipe esta semana seguiu com a pré-temporada da equipe titular, para o time chegar forte no clássico contra o Cruzeiro e na estreia da disputa continental
O Atlético-MG poupou seus principais jogadores no duelo com o Tombense, derrota por 1 a 0, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro, para dar mais condições físicas e técnicas ao grupo principal, que terá dois desafios enormes e menos de 10 dias.
Primeiro, o clássico de domingo, 27 de janeiro, contra o Cruzeiro, no Mineirão. E, na terça-feira, 5 de fevereiro, a estreia na fase preliminar da Libertadores da América, quando enfrenta o Danúbio-URU, em Montevideu.
O técnico Levir Culpi classificou as duas partidas como o "Jogo do Ano", no caso, o clássico, e a Libertadores como a "Copa do Mundo" do Galo neste início de temporada.
- O clássico, claro, a gente procura respeitar. É o jogo do ano. A gente quer ter o melhor resultado. Queremos disputar esse clássico com a ideia de viajar para disputar uma Copa do Mundo, que é a Libertadores. Libertadores é Copa do Mundo, não tem um jogo que não seja encarado dessa maneira. A gente fica com aquele pé no freio justamente por isso. Será que vai machucar alguém e não vamos conseguir viajar com o time inteiro? Sempre fica esse pensamento. Dependendo da condição física dos jogadores, os titulares serão escalados no clássico-disse Levir.
O comandante alvinegro está atento e preocupado com o horário do jogo de domingo, às 11h, em pleno verão brasileiro, com médias acima de 30 graus de temperatura.
- Jogo às 11h é uma irresponsabilidade a mais das pessoas que fizeram o campeonato. Eu não sou um expert em fórmulas de campeonato, mas, se me derem meia hora, faço um campeonato melhor. Não é possível você fazer um jogo às 11h. Alguns jogos deveriam ser proibidos pelo fator temperatura. Com o jogo às 11h, o segundo tempo vai começar meio-dia. Os caras querem se matar, é clássico, é 100%, ninguém vai se poupar. Ninguém pensa nisso, não sei por quê. Não sei o que corre por fora. Ninguém me contou ainda quem escolhe isso. Ninguém me perguntou se há uma possibilidade melhor. Ninguém pergunta para os clubes, nada. O campeonato é jogado na nossa cara. Os jogadores estão procurando fazer o que é o melhor, as comissões técnicas também. Os resultados sobram, normalmente, para a comissão. Vamos ver o que acontece no clássico.
Escalação e o fico de Luan
Levir foi questionado sobre quem iria para o jogo de domingo, se a equipe que venceu o Boa Esporte na estreia, ou usaria o duelo com o maior rival para testar mais atletas. O técnico escapou da resposta direta e e ainda fez uma brincadeira na entrevista sobre o mistério.
- A pergunta cabe, é uma pergunta inteligente, é o que todo mundo quer saber. Não culpo a imprensa pela pergunta, mas a gente não pode responder tudo. É a mesma coisa de você me perguntar: "Você tem uma amante?". Você não quer dizer, entende? Você não quer falar. Se você tiver, não quer dizer. Ninguém quer falar nada, é assim que funciona a coisa. Tem que ter um pouco de calma, todo mundo está esperando, ajeitando. A gente quer vencer o clássico, mas também temos uma preocupação com a parte física. Vou me tornar repetitivo. O jogo do Danubio está muito próximo, e aí é Copa do Mundo. Vamos ver o que vai acontecer-explicou.
Sobre a permanência do meia-atacante Luan, Levir Culpi demonstrou satisfação com a garantia da diretoria de que o jogador fica no clube.
- Fiquei feliz. Eu acho que é um alívio pra todo mundo. Todo mundo gosta do Luan, é um jogador que se identifica muito com o torcedor, a gente usa muito bem também. Gostaria de continuar com ele. Mas de outra forma, numa negociação, eu já estava pensando, porque tudo pode acontecer no futebol. De qualquer maneira, fico feliz com a permanência dele. Tomara que ele possa jogar o mais rápido possível-concluiu.