Atlético-MG é investigado pela Conmebol e pode ser punido por condições do gramado
Entidade aplica multa no clube por infração na Arena MRV
Na última terça-feira (20), a partida entre Atlético-MG e San Lorenzo pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, realizada na Arena MRV, desencadeou uma investigação pela Conmebol, devido às condições inadequadas do gramado do estádio do Galo.
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A entidade pode levar até 15 dias para divulgar as possíveis punições disciplinares. No entanto, segundo o 'ge', o clube mineiro está sendo investigado por três infrações, sendo a principal delas a situação do gramado.
Durante o jogo contra o San Lorenzo, o campo estava em péssimo estado, não atendendo aos padrões exigidos pela Conmebol. A situação levou o Galo a mudar o jogo contra o Fluminense, marcado para o final de semana, no Brasileirão.
A multa para tais infrações é de 15 mil dólares, podendo chegar a 20 mil dólares em casos de reincidência, além de possíveis sanções como a interdição do estádio nas competições da Conmebol.
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No ano passado, o Atlético-MG já havia enfrentado punições devido ao estado do gramado do Mineirão, onde jogava antes da inauguração da Arena MRV, que completará um ano na próxima semana. A reincidência resultou em penalidades financeiras adicionais para o clube.
Além do gramado, as falhas de segurança no segundo tempo da partida podem render ao Galo sanções. Uma briga aconteceu ainda no segundo tempo, os militares utilizaram gás de pimenta, e o jogo ficou paralisado por conta do efeito causado em torcedores e jogadores. O San Lorenzo se pronunciou em suas redes sociais, na quarta-feira (21), repudiando os eventos ocorridos.
VEJA A NOTA:
San Lorenzo repudia enérgicamente todos os eventos ocorridos em Belo Horizonte, desde a agressão injustificada e selvagem da polícia brasileira aos nossos torcedores até uma série de acontecimentos que atentam contra a esportividade e a boa relação entre clubes, essenciais para alcançarmos, juntos, um futebol em paz.
As situações negativas que ocorreram foram numerosas. Os torcedores azulgranas seguiram todas as recomendações de segurança para chegar ao estádio. No entanto, tiveram que suportar um atraso significativo na entrada, além de mensagens ofensivas recebidas no caminho e objetos com figuras violentas. O mesmo ocorreu com a delegação oficial, que foi retida por um longo tempo devido à má recepção do clube local.
Durante a partida, houve ofensas e provocações por parte do público local, que exibiu bandeiras e lançou objetos contra nossos torcedores. Isso culminou em um feroz ataque policial ao público do San Lorenzo, com disparos de balas de borracha e gás lacrimogêneo, uma repressão que provocou mais de uma dezena de feridos.
Quando começou o ataque policial, apesar do pedido dos nossos jogadores, o árbitro (de desempenho questionável) só interrompeu o jogo quando um jogador do Atlético Mineiro caiu no chão.
Mais tarde, no momento em que nosso time buscava o empate, os locais abriram a saída para o campo para interromper a partida.
A desconcentração dos nossos torcedores também sofreu uma retenção de mais de duas horas. A polícia revistou os ônibus violentamente e deteve quatro pessoas.
O Clube apoiou a torcida em cada um desses momentos, colocou-se à disposição dos feridos e decidiu que os dirigentes Martín Cigna e Leandro Goroyesky ficassem em Belo Horizonte até resolver a situação dos quatro detidos.
Finalmente, e graças à colaboração do Consulado argentino na cidade e ao seu cônsul Santiago Muñoz Martínez, os quatro torcedores foram liberados e estarão retornando ao país nas próximas horas.
San Lorenzo fará uma apresentação à Conmebol com todas as provas dos eventos, questionando fortemente o dispositivo de segurança implementado e repudiando a violência sistemática que os times argentinos sofrem ao disputar seus jogos no Brasil.
Por fim, San Lorenzo agradece aos torcedores que, com esforço e incondicionalmente, acompanharam a equipe.
O saldo, além do resultado, é inaceitável para todos, pois a violência e a repressão tomaram o protagonismo do espetáculo.