Com problemas cardíacos, volante Adílson abandona o futebol
O jogador do Atlético-MG se pronunciou na tarde desta sexta-feira, 12 de julho, comunicando que abandonará o futebol por questões de saúde
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Após a veiculação da notícia do abandono do volante Adílson do futebol por problemas de saúde, o volante, de 32 anos, anunciou, na tarde desta sexta-feira, 12 de julho, na Cidade do Galo, a sua aposentadoria precoce do futebol. Em entrevista coletiva, o jogador,ao lado de Rodrigo Lasmar, médico do clube, e Rui Costa, diretor de futebol, confirmou que terá de deixar o esporte pela descoberta de problemas cardíacos.
Adílson estava afastado dos treinamentos do clube desde a semana passada, quando foi liberado para resolver questões particulares. O elenco de alvinegro e o cardiologista do clube, Haroldo Aleixo, também estavam presentes na fala do jogador sobre o seu afastamento definitivo dos campos.
Haroldo Aleixo explicou qual é a doença no coração que vai impedir de Adílson seguir como jogador de futebol.
-Fizemos uma avaliação na intertemporada que caracterizou uma cardiomiopatia, uma doença cardíaca que o impede de seguir como atleta profissional de futebol-disse.
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O médico falou como foi decidido aconselhar o término da vida de atleta do volante atleticano e como serão os próximos passos na vida de Adílson.
-A partir desse momento, nossos primeiros cuidados foram discutir com outros dois médicos sobre diagnóstico e conduta. Houve uma unanimidade em relação à conduta, definir por abreviar a continuidade da carreira do Adilson como atleta de futebol- explicou.
O cardiologista contou como a doença foi encontrada no jogador:
-O atleta passa por algumas avaliações protocolares estabelecidas na literatura internacional. Isso foi feito desde o início, porém o Adilson tinha algumas características específicas que nos faziam ter um cuidado especial em monitorá-lo. Essas baterias de exames são refeitas periodicamente, conforme determinado pela literatura médica da cardiologia do esporte. Dentro dessas várias baterias de exames, em todas elas, menos na última, o que se constatou é que ele estava perfeitamente apto para a prática do futebol, sem riscos. Nessa última avaliação, identificamos a cardiomiopatia hipertrófica, que o impede de seguir jogando com segurança.
Adilson estava emocionado e agradeceu ao grupo de jogadores e ao clube pelo apoio, ressaltando que não apareceu nenhum sintoma da doença.
-Eu não preparei nada em especial. Vim aqui agradecer todo o apoio, todo o suporte do departamento médico, do presidente. Agradecer essa rapaziada que está aqui. É isso o que nos fortalece. Eu agradeço todos vocês por tudo o que vocês têm feito. Não só por este momento, mas por tudo o que passamos pelos últimos anos. A relação comigo foi sempre de muito respeito e apoio- disse Adílson, que pode ter um cargo no clube, ainda não definido.
Adilson está no Atlético-MG desde 2017, vindo do Terek Grozny, da Rússia. O volante já fez 99 jogos com a camisa alvinegra, disputou 99 e marcou dois gols. Em 2018, teve o seu contrato renovado até o fim de 2021. Ele começou sua carreira no futebol no Grêmio, em 2007, ficando entre 2007 e 2010, jogando 165 vezes pelo Tricolor Gaúcho antes de se transferir para o futebol russo, em 2011, onde permaneceu até 2017.
O que é a Cardiomiopatia hipertrófica?
Cardiomiopatia hipertrófica ou miocardiopatia hipertrófica é uma doença do músculo cardíaco na qual uma porção do miocárdio (músculo do coração) está hipertrofiada (mais grosso) sem nenhuma causa óbvia, criando uma deficiência funcional do músculo cardíaco, o que pode causar arritmia ventriculares em jovens atletas, podendo causar desmaios, infarto do miocárdio e morte súbita.
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