Investidor do Galo acha inviável volta de Roger Guedes para o Brasil
Rubens Menin, dono da MRV Engenharia, parceira do clube mineiro nas contratações de reforços, falou do empecilho financeiro em trazer o atacante
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Um dos maiores sonhos dos torcedores do Galo para reforçar o time, o atacante Roger Guedes, parece ficar cada vez mais distante do Atlético-MG. E quem está afirmando isso é Rubens Menin, dono da MRV Engenharia, e atual investidor para ajudar o clube nas contratações de atletas.
O empresário acha complicado o retorno do atacante pelo alto valor do negócio e da manutenção de Roger, que pertence ao Shandong Luneng, da China, com salários muito acima da realidade brasileira.
Menin citou que nem o Flamengo, por ser o clube brasileiro mais estável financeiramente no momento, conseguiria pagar a vinda do atacante, de 23 anos, que está no Brasil aguardando autorização para voltar à China. Os estrangeiros estão com restrições de entrar no país asiático por conta da pandemia do coronavírus.
-Nem o Flamengo hoje paga o salário que o Róger Guedes ganha na China. São milhões de euros por ano. Ele tem contrato assinado, teria que abrir mão do contrato para fazer um muito mais baixo aqui - disse Rubens Menin à Fox Sports.Ele reforçou as dificuldades de trazer o jogador para o Galo.
- O Róger Guedes está ganhando muito dinheiro na China. E o futebol brasileiro não aguenta pagar. Eu acho que não. A não ser que ele chegue aqui e fale: "Olha, eu vou dar um salário baixinho para o Atlético". O Róger Guedes teve uma passagem pelo Atlético muito bacana. Eu gosto muito do Róger Guedes. É um cara que teve uma passagem muito bacana pelo Atlético. Eu acho muito bom jogador, muito versátil. Mas tem essas dificuldades - explicou Menin, para em seguida explicar o modelo de parceria com o Atlético, algo que já havia sido dito por Sérgio Sette Câmara, presidente do clube.
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- Faço o empréstimo ao Atlético para ele contratar determinado jogador. Está lá. O Atlético quer jogador para fazer um time bom, jogadores estão sendo bem escolhidos. Lá na frente, o Atlético vende, ele me paga de volta. Sem juros, sem correção, sem nada. Se não vender, o que eu vou fazer? Vou para o prejuízo. Mas acho que vai vender, vai conseguir pagar as contas dele direitinho. Eu acho que vai ter muita premiação para ajudar o Atlético, muito público quando a pandemia deixar. Acho que o projeto que o Atlético fez é vencedor, é um modelo bacana - disse Rubens Menin.
Gestão de redução de gastos e ajuda nas contas
O empresário destacou que não quer ganhar nada com o clube, por isso ajuda sem cobrar juros do Atlético até para quitar contas como as dívidas da FIFA.
-Teve uma vez ou outra que a gente empresta um dinheiro para pagar uma conta, mas depois devolve. Eu faço questão até de emprestar isso sem juros, sem correção, sem nada. Não quero ganhar nada com o Atlético. Pelo contrário. Voltando o dinheiro, está bom-disse
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Rubens Menin também teve falas favoráveis à gestão Sérgio Sette Câmara. Para ele, o presidente vem trabalhando na diminuição da dívida do clube
- O orçamento do Atlético foi enxugado, então dá para passar o ano. Apertado, porque teve esse problema da pandemia, mas passa às custas do próprio Atlético. Bom, mas não dá para investir. Só que um time melhor dá dinheiro. Você tem mais renda, mais retorno de venda de camisa, premiação. O impacto de um time bom e competitivo chega hoje a R$ 100 milhões por ano. É muito dinheiro. Então tem que ter time um competitivo. Por isso que eu acho que a gente fez esse esforço para trazer um bom técnico, um bom diretor de futebol e a contratação de jogadores-concluiu.
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