Kalil se diz favorável a banimento de torcedores racistas e da venda de bebidas alcoólicas nos estádios
O prefeito de BH afirmou que deve haver sanções definitivas contra ações de preconceito e violência como ocorreram no Mineirão, no último domingo
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O prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, se posicionou sobre os incidentes no clássico de domingo, 10, entre Cruzeiro e Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. Kalil disse que é favorável ao banimento dos dois torcedores acusados de injúria racial contra o segurança Fábio Coutinho.
Adrierre Siqueira da Silva e seu irmão, Natan Siqueira Silva, agrediram verbalmente o segurança com falas racistas, além de uma cusparada desferida por Natan. Ambos admiram fato, estão sendo investigados pela Polícia Civil e foram expulsos do quadro de sócios-torcedor do Galo.
Kalil afirmou ser necessário uma punição definitiva a torcedores racistas.
-Eu acho que tem que banir. Até o Chico Pinheiro foi feliz ao dizer que para começar a camisa do Atlético é preta e branca. Outra coisa, enquanto não tivermos uma punição definitiva, isso não vai acabar- disse o prefeito em entrevista à rádio Itatiaia.
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Kalil lembrou sua origem estrangeira e repudiou mais uma vez a ação de pessoas usam o futebol para cometer crimes.
-E o racismo é um negócio. Eu já disse uma vez, sou neto de imigrante, então eu já fui discriminado, eu era o Turco. E, quando eu era rapaz, eu era chamado de Turco e ia pra briga. Hoje, não. Hoje até minha mulher me chama de Turco. Então, isso aí é repugnante, é horrível. Estava comentando com um filho esse assunto por telefone e falei: 'gente, esse povo tem que vir aqui para a prefeitura para eu ensinar um monte de palavrão para eles, não precisa de ofender a cor da pessoa. O que ele foi falar? Ele foi tocar no que toca, no que ofende, no que humilha. O racismo não é um soco, é um caso pensado, feito para machucar. Você dá um soco na pessoa, é raiva, é coisa de momento. O racismo é feito para machucar- explicou Kalil.
Outro assunto abordado pelo ex-presidente do Galo foi a proibição da venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios.
- A bebida é o mal do futebol brasileiro. Eu dei sorte de ser presidente do Atlético por seis anos quando a bebida era proibida. O lobby da cervejarias fez voltar a bebida, o que é uma estupidez. Olha, eu tenho um dado muito importante da minha época: as ocorrências policiais caíram 70% nos estádios quando não tinha bebida. Esse dado a Polícia Militar me deu quando fui presidente. Então, essa volta foi uma estupidez absoluta- comentou.
Um lei estadual permite atualmente a venda de bebidas alcoólicas nas arenas esportivas até o fim do primeiro tempo dos jogos. Essa lei é contestada pelo Ministério Público Federal, que tenta reverter a liberação das bebidas no STF.
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