Mancini diz que Galo ainda pode sonhar com entrada no G6 do BR
O treinador fez elogios à postura do time em campo no triunfo sobre o Santos e não descarta arrancada para conseguir uma das vagas na fase pré-grupos da Libertadores
O técnico Vagner Mancini fez elogios à atuação do Atlético-MG, que superou o Santos por 2 a 0, na tarde deste domingo, 20 de outubro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Independência.
O treinador alvinegro ressaltou a boa partida do time, o apoio do torcedor e a forma efetiva de neutralização atleticana das principais armas do Santos.
-Sabíamos que seria um jogo dificílimo, porque o Santos é uma equipe que joga um futebol bem agressivo. Montamos uma estratégia para tentar neutralizar algumas ações ofensivas do Santos e aproveitar aquilo que a gente via como fator de desequilíbrio dentro do sistema deles, que era a virada de jogo. Logo cedo saiu 1 a 0, e a gente sabia que o apoio do torcedor era fundamental.
Citei isso ao longo da semana, e foi fundamental ver o estádio inteiro jogando junto com o Atlético. Citei que várias vezes enfrentei o Atlético aqui e vi as dificuldades. Hoje foi comprovado. A gente precisa do torcedor. O torcedor veio um pouco desconfiado, mas tenho certeza que, com o passar do tempo, entenderá tudo que está sendo feito.
Além de exaltar o resultado, falar da desconfiança da torcida, que ainda paira sobre o seu trabalho no clube, pelo histórico no rival, Mancini saiu em defesa de dois jogadores que tem recebido críticas constantes da torcida: Zé Welison e Maicon Bolt.
-Veja como é importante você fazer a gestão do grupo. De um lado, chamo o torcedor e falo da importância que ele tem. Dentro do vestiário, falo que o torcedor só virá com a gente se tivermos atitude em campo. Hoje foi visto de ambos os lados, porque o time, desde o primeiro minuto, foi um time aguerrido, que buscou, que brigou. Às vezes até passou do ponto em alguns lances, mas, acima de tudo, mostrou ao torcedor que vestir a camisa do Atlético é sinônimo de se entregar, de ter atitude, de buscar o resultado, de não se acomodar em campo. Isso aconteceu muito na segunda etapa. Aí também vou entrar em outro campo, no campo de resgatar os atletas. Hoje fiz a entrada do Zé Welison e do Bolt em campo, porque são atletas que eu precisava deles neste momento e também mostrar a todo mundo que são atletas que, se não vinham bem, assim como outros, não foram comigo. É importante você acreditar no jogador e passar para o grupo que confio em todos eles. Hoje tomei decisões importantes e fico feliz de ter saído do jogo com uma vitória importante e saber que os atletas estão se recuperando dentro das partidas com pressão e, acima de tudo, se saindo bem-disse.
Por fim, o técnico atleticano discursou sobre as possibilidades que a equipe pode ter de pensar em conseguir uma vaga na fase pré-grupos da Libertadores, mesmo com time na 12ª colocação, com 35 pontos, a sete pontos do Internacional, sexto colocado e último time no G6 do campeonato.
-Sonhar não custa nada, acho que temos de sonhar na vida. O cara que não tem sonhos não sai do lugar. Agora, nós vamos jogo a jogo. É importante falar que diminuímos a diferença para o G4, mas o que o torcedor realmente quer ouvir é que o time vai se entregar em campo, ter essa fibra, atitude, porque aí saberá que a chance de você vencer partidas é muito maior-concluiu.
Reencontro com o São Paulo
Vagner Mancini vai reencontrar o São Paulo no próximo domingo, 26 de outubro, após trabalhar no Tricolor Paulista por nove meses como coordenador técnico e treinador interino em alguns jogos. Ele comentou sobre as características do time de Fernando Diniz, atual comandante do Tricolor.
-Estive por nove meses no São Paulo e vi muito o time jogar. Mas o dia da minha saída foi o dia da chegada do Fernando Diniz. De lá para cá, o time foi alterado em algumas coisas, e eu vou assistir um jogo por dia essa semana, porque acho isso muito importante para que você possa detectar detalhes dentro da partida.
Além da estratégia que ambos os times montam, você tem, ao longo do jogo, o emocional do atleta que está sendo desenvolvido e questionado ao longo da partida. Por isso a observação de várias partidas. É óbvio que eu conheço um pouco mais o elenco do São Paulo que o Diniz o elenco do Atlético. Não sei se isso vai ou não me dar vantagem. Acredito que ao término dos 90 minutos vamos ver- explicou.