‘Racing sofre com desajustes e isso pode ser fatal contra o Atlético-MG’
Reporter do "Olé" faz Raio X da "Academia", rival do Galo nas oitavas da Libertadores. Ele exalta a força ofensiva, mas teme que erros crônicos levem o time à eliminação
"O Racing não faz uma temporada que encha os olhos dos argentinos. No Clausura, a chance de lutar pelo título é quase nula e só ela só cai rodada a rodada. Talvez se torne zero no caso de uma derrota no clássico deste domingo contra o Independiente.
Porém, para o seu torcedor, o grande foco neste primeiro semestre está mesmo na Libertadores. E pelo menos nesta competição o Racing conseguiu a sua classificação para as oitavas e segue sonhando com o título.
O atual plantel, visto pelos olhos de um analista, é muito bom. Principalmente o setor ofensivo, cheio de virtudes e jogadores que enchem os olhos, como Lisandro Lopez, Diego Milito, Gustavo Bou e Roger Martinez. Essa força do ataque levou a Academia a vitórias convincentes contra Bolivar (4 a 1) e Deportivo Cali (4 a 2). O curioso é que enquanto no Campeonato Argentino o treinador Facundo Sava põe o time num estilo altamente ofensivo no qual sempre chega ao ataque com vários jogadores, na Libertadores as suas escalações são menos ousadas, buscando equilibrar o setor de criação.
Para enfrentar o Atlético Mineiro a sua preocupação deverá ser ainda maior, pois o treinador teme os desajustes individuais e coletivos que quase fizeram o time quase não conseguir a classificação para o mata-mata sejam fatais. Ainda mais contra um poderoso rival que tem no elenco jogadores de altíssimo nível no ataque como Cazares, Robinho e Pratto. Por isso o Racing irá para as oitavas sabendo que não é favorito. Mas também não se sente a zebra.
Como Sava não contará com o machucado Bou e o 4-3-3 está descartado. A possível formação contra o Atlético Mineiro será Saja; Pillut, Vittor, Sanchez, Grini Acuña, Videla, Agued, Romero; Lisandro Lopez e Martinez ou Milito."
Fernando Otero é setorista do Racing para o Diário Olé