Quando o atual presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, assumiu o clube no fim de 2017 disse que sua gestão se pautaria pelo saneamento financeiro devido ao altos investimentos de temporadas anteriores.
Passado quase um ano do se mandato, o Galo sente dificuldades dentro e fora de campo. A situação financeira atleticana é delicada e pode gerar a perda de um patrimônio do clube, o Shopping Diamond Mall, um dos mais luxuosos de Belo Horizonte.
Há a possibilidade de vender a pare que o Atlético-MG ainda possui no empreendimento para quitar dívidas e equilibrar as contas atleticanas. O endividamento do Galo é alo por conta do pagamento de altas taxas de juros oriundos de empréstimos bancários, ações judiciais e outras despesas.
O momento econômico é tão grave que os salários de outubro ainda não foram pagos aos jogadores do elenco principal.
O Diamond Mall era 100% do Atlético-MG até o ano passado quando vendeu metade da sua parte para a Multiplan por R$ 250 milhões para investir no estádio do clube.
Agora, o clube estuda vender o restante da sua pare no empreendimento, que fica em uma das regiões mais nobre da capital mineira, e dar um alívio no caixa do clube.
O jornal O Tempo noticiou a intenção de venda, confirmada pelo LANCE!. O plano de venda será submetido ao conselho deliberativo no início de 2019.
O diretor financeiro do Galo, Carlos Fabel, diz que a venda é necessária para manter as contas do clube saudáveis.
- O ideal seria ter o Diamond e ter o estádio, mas não temos condição de fazer isso hoje por causa de dívidas, disse Carlos Fabel ao GloboEsporte.com
Veja a explicação do diretor financeiro do Atlético-MG
- Os números eu já tinha todos, mas o presidente tomou cuidado de contratar duas consultorias externas para validar aquilo que a gente prega ao longo dos anos. O Conselho nosso tem a faca e o queijo na mão para tornar o Atlético um time muito sólido, robusto, com estádio próprio e sem dívida, que não é o exemplo que temos Brasil afora. Os clubes estão todos endividados com construção de estádio. Além de ter um estádio sem dívida, teríamos o Atlético saneado para ser um time fortalecido. O caminho que vejo é esse.
Abrir do Diamond é por uma questão de valor. É um patrimônio que o Atlético tem muito realizado, tem um valor agregado muito alto. Os clubes recreativos têm sócios, conselheiros, estão muito bem cuidados, são relíquias nossas. Não seria uma coisa para mexer. O Diamond é uma coisa palpável. O próprio patrimônio onde é a sede é uma opção, mas acho que ainda não é momento para isso. A sede, para mexer, tem que ser depois de ter o estádio pronto, para poder liberar o espaço no bairro Lourdes até pra construir alguma coisa. A coisa mais palpável dentro do desenho, do momento que a gente está estudando, seria mesmo o Diamond, concluiu.