Um caso de racismo em uma abordagem policial foi denunciada pela zagueira da equipe feminina do Atlético-MG, Bárbara Paçoca.
Segundo a atleta, ela foi vítima do crime na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O caso ocorreu na noite desta quinta-feira(15) e foi relatado por Bárbara em sua conta no Twitter. Paçoca contou que ela teria sido confundidas com um suspeitos de uma ocorrência policial.
-Fui levar o meu primo no museu. Na saída, fomos comer e quando estamos chegando no meu carro vem uma viatura. O policial já abrindo a porta com a mão na arma perguntando se temos passagem, chegando junto do jeito que vocês sabem. Diz ele que a gente parecia os suspeitos de um chamado. Eu nunca fui confundida com uma rica famosa, mas com bandido várias vezes. Será por quê, né?! Mas a gente chega em casa e agradece, porque tem vários por aí que não tiveram a honra de chegar em casa, foram confundidos e tomaram tiro na lata- postou Bárbara Paçoca no Twitter.
A jogadora do alvinegro seguiu seu relato respondendo aos seus seguidores na rede social:
-Vivemos essa rotina de provar que somos honestos todos os dias. É isso mesmo, já fui parada outras vezes com o mesmo discurso. Eu também não consigo ver mudança. Estamos aí vendo a semana toda notícias de coisas como a que aconteceu comigo e que teve um fim triste. Infelizmente, essas coisas são comuns, mas nunca nos acostumamos-disse, contrariada.
As jogadoras do time feminino do Atlético iniciaram as atividades em 2019, após a exigência da CBF e da Conmebol para que os clubes de futebol tenham categorias profissionais e de base para a categoria feminina, para terem o direito de disputar competições nacionais e internacionais.
As meninas atleticanas vieram do Prointer Futebol Clube, da Barragem Santa Lúcia, região Centro-Sul da capital, em uma parceria com o Galo, que banca a estrutura do time. Na sua primeira temporada profissional, o alvinegro foi campeão invicto da Copa BH de futebol feminino.