Na tarde deste domingo, o Bahia massacrou o Vitória, saiu da zona de rebaixamento e consequentemente abafou um pouco da crise dentro do clube, que resultou no protesto da torcida no desembarque da equipe, na última sexta-feira.
Aliviado com o resultado, o técnico Enderson Moreira exaltou a dedicação dos atletas, que absorveram todas as informações passadas pela comissão técnica.
“Fui mostrando para eles um caminho. O futebol tem vários caminhos. Dentro do que tenho observado, fui trilhando um pouco o caminho do grupo, o que pode fazer. Sempre fiz isso com os treinamentos. Agora, sentar com os jogadores, em grupo, individualmente, em pequenos grupos, por setor. Ontem à noite, hoje pela manhã, antes da prelação, chamando quase que individualmente cada atleta, mostrando o que estava pensando. Ressaltar o grande trabalho do DADE. Toda a direção, Diego que está muito próximo, todo mundo muito envolvido. O que a gente fez foi passar um caminho, mas o mérito todo é dos atletas, que aceitaram essas informações, tentaram fazer, as vezes com alguns desencaixas, que são normais, mas eles estão tentando fazer”, disse.
Apesar da derrota, o treinador também foi questionado sobre a confusão no desembarque da equipe, em Salvador, após a derrota contra a Chapecoense na rodada passada e lamentou tudo o que aconteceu no saguão do aeroporto.
“Primeiramente, acho que se em alguns momentos faltou um pouquinho daquilo que os atletas têm em capacidade técnica, organização tática, uma coisa que não faltou foi determinação e vontade de fazer com que as coisas pudessem ser melhores. A gente teve uma viagem complicada, jogar contra o Vasco lá nunca foi fácil, equipes que se prepararam muito para esse retorno, e a gente não parou hora nenhuma. A gente sabia que ia ter sofrimento nesse retorno. A gente conseguiu a classificação na Copa do Brasil com muita dificuldade, mas é um momento especial para o clube. Classificação muito importante. Fizemos, na minha concepção, um ótimo jogo contra a Chapecoense. Todos reconheceram isso, lá principalmente. E fomos surpreendidos em nosso retorno. Fizemos quase 12 horas em trânsito, todo mundo muito cansado, eu que não joguei estava morto fisicamente falando, sem contar as questões emocionais e, para mossa surpresa, fomos recebidos de uma maneira que não posso aceitar de forma alguma. Todos nós somos profissionais. Precisamos ter o direito de ir e vir e voltar para nossa casa em segurança. Fomos recebidos de uma maneira que deixou estrago em nosso grupo. A gente não sabia como poderia reverter isso.. O verdadeiro torcedor do Bahia vai estar com a gente em todos os momentos. Sempre estiveram. Não vai ser agora que eles vão nos abandonar”.