Corrida contra crise

Com mais de 4 milhões de praticantes, as corridas de rua no país desafiam a crise econômica brasileira. O crescimento em torno de 7% ao ano, segundo levantamento da Pluri Consultoria, abastece uma cadeia variada de negócios, desde a nomeação de provas e o desenvolvimento de materiais para corredores – sobretudo as mulheres – até serviços voltados para a formação de equipes, inclusive corporativas. De olho nessa fatia de um mercado que, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP movimenta, no país, cerca de R$ 3 bilhões anuais, o Levanta e Vem Treinar (LVT) investe num núcleo voltado ao treinamento de grupos de corrida, inclusive para as disputadas em trilhas – categoria emergente no meio.

 Os programas elaborados pelos professores de Educação Física e ex-atletas Thiago e Renata Vidal miram, em parte, corredores cuja maratona profissional obriga a treinos flexíveis. “Adaptamos os treinos às rotinas, para que possam praticar nas ruas, esteiras, na praia, em viagens ou qualquer outro lugar onde tenham facilidade”, explica Thiago. Ele aposta numa aceleração do setor: “O volume de praticantes tem crescido muito, e movimentado bastante o mercado esportivo, por conta do acesso às corridas de pessoas que eram sedentárias, obesas, por exemplo, e mudaram de vida com o treinamento. Descobriram na corrida a ponta para uma vida melhor”.

  Alinhada à valorização crescente do marketing social, esta filosofia se reflete também em ações como a campanha Levanta e Vem Treinar com Biel, que apoia a iniciativa do engenheiro Rodrigo Rocha de levar o filho Gabriel, portador de paralisia cerebral, para acompanha-lo nas corridas de rua. Desde o ano passado, Rodrigo e Biel (puxado num triciclo) dão um colorido extra às provas do gênero, e mostram por que a modalidade ganha cada vez mais fãs.

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