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Adiamento de Tóquio 2020 deixa sonho olímpico de Honda em espera

Principal reforço do Botafogo para a atual temporada, tinha um projeto pessoal de ter uma boa sequência de jogos pelo clube para ser convocado para disputar Olimpíada em casa

Honda
imagem cameraSonho olímpico de Honda vai ter que esperar (Foto:  Vitor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/03/2020
16:02
Atualizado em 24/03/2020
16:23

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O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, confirmado, nesta terça-feira, pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), deixa em compasso de espera a realização de um sonho do principal reforço do Botafogo para a temporada. Entre os vários motivos que pesaram na escolha de Keisuke Honda pelo Botafogo, estava a possibilidade ter uma sequência de jogos como protagonista da equipe até ser um dos  três convocados acima de 23 anos para defender a seleção japonesa em casa. 

O objetivo de disputar os jogos olímpicos, consta, inclusive, no contrato do jogador de 33 anos. Uma cláusula no acordo com o Glorioso, vigente até 31 de dezembro deste ano, permitia a rescisão, por qualquer uma das partes, após os Jogos Tóquio. Na coletiva de apresentação do japonês, dia 8 de fevereiro, ele foi questionado sobre o assunto. 

— É apenas uma opção (a cláusula). Estou pensando em jogar no Botafogo. Se escolhi vir aqui é porque quero ficar no Botafogo pelo maior tempo possível. Se o time não foi tão bem na temporada passada, é uma motivação maior para subirmos todos juntos — disse Honda à época. 

O empresário Marcos Leite, representante do atleta, confirmou ao LANCE!, nesta terça-feira, que o jogador está feliz no Botafogo e que recebeu a notícia de forma tranquila. 

— Honda está super tranquilo com isso. O foco de todos agora é a saúde. Ele está muito contente no Botafogo — disse Leite. 

O vice-presidente comercial e de marketing do Alvinegro, Ricardo Rotenberg, também foi na mesma linha. 

—Honda está agora muito focado na quarentena e no Botafogo — disse o dirigente. 

Tradição familiar

O sonho de disputar a Olimpíada em casa representava o desejo de Honda de
escrever o último capítulo pela seleção do Japão. Quarto maior artilheiro da história dos Samurais Azuis, com 37 gols em 98 jogos, o meia havia anunciado a aposentadoria dos jogos internacionais, após a eliminação da equipe para a Bélgica, na Copa do Mundo de 2018. A decisão seria, no entanto, repensada diante da possibilidade de ser um dos três atletas acima da faixa de sub-23 na competição que aconteceria no final de julho.

A família do ídolo alvinegro tem um histórico olímpico. Daisaburo, tio-avô de Honda, representou o Japão na canoagem C-2 nos Jogos de 1964, coincidentemente em Tóquio. Tamon, primo do meia, participou de três Olimpíadas - 1984 (Los Angeles-EUA), 1988 (Seoul-COR) e 1992 (Barcelona-ESP) em luta livre. Keisuke, portanto, seria a terceira geração da família Honda a participar de uma Olimpíada.

A ideia do japonês era ter uma sequência de jogos como protagonista no Glorioso, recuperar o futebol de alto nível e ser lembrado pelo treinador Hajime Moriyasu.

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