Alerta ligado! Botafogo tem queda de rendimento após a Copa América
Com bom início de Brasileirão sob o comando de Eduardo Barroca, clube de General Severiano venceu apenas duas partidas após a realização da competição entre seleções
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O Botafogo não convive com seu melhor momento na atual temporada. Após um bom começo sob o comando de Eduardo Barroca, a equipe alvinegra passa por um período de estagnação. Depois da parada para a Copa América, o Glorioso conviveu com uma eliminação nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, para o Atlético-MG, e apenas duas vitórias: Athletico Paranaense e Avaí, ambas pelo Campeonato Brasileiro.
Barroca chegou ao comando do Botafogo antes do início do Brasileirão. Nas nove primeiras rodadas - período da competição disputado antes do começo da Copa América -, o Alvinegro teve cinco vitórias e quatro derrotas e, com 15 pontos conquistados e 55,5% de aproveitamento, ocupava a sétima posição na classificação. O Goiás, à época, também tinha 15 pontos, mas terminou em sexto por ter maior saldo de gols.
Além do Campeonato Brasileiro, o Botafogo também passou, sem dificuldades, do Sol de América, equipe do Paraguai, pela segunda fase da Copa Sul-Americana, com duas vitórias no confronto: 1 a 0 fora de casa e 4 a 0 no Estádio Nilton Santos.
Ao todo, o desempenho de Eduardo Barroca antes da Copa América era positivo: onze partidas e sete vitórias, com 63,6% de aproveitamento. Neste período, a equipe marcou 13 gols e levou oito.
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Reforços?
O momento do Botafogo também é ruim fora das quatro linhas. Eduardo Barroca teve dois reforços desde que chegou ao Botafogo: Victor Rangel e Biro Biro. O primeiro não chegou ao Alvinegro com o físico ideal e, após realizar um fortalecimento neste quesito, ainda não conseguiu colocar boas atuações; o segundo, por sua vez, teve sua rescisão de contrato com o Alvinegro protocolada, já que não pode entrar em campo por ter sofrido uma síncope durante um treinamento no campo anexo do Estádio Nilton Santos.
Além disto, Eduardo Barroca perdeu, talvez, o seu melhor jogador. Antes da partida contra o Flamengo, em 28 de julho, Erik foi negociado com o Yokohama Marinos, do Japão. O atacante, que estava emprestado pelo Palmeiras, deixou o clube sem deixar nenhum ganho financeiro, já que o Glorioso, por força de contrato, não tinha direito a nada de uma possível futura negociação.
- A gente não perdeu só o Erik. Perdemos Kieza, Ferrareis, Biro Biro. Diante do cenário a gente precisa ser muito realista. Estamos tentando encontrar as soluções dentro de casa. Estou falando de diversos jogadores que perdemos e estamos com dificuldade de repor. Não cabe aqui nenhuma reclamação. O clube passa por dificuldade. Estamos tentando esticar a corda da melhor forma. Todo corpo funcional do Botafogo está trabalhando no seu limite - analisou Eduardo Barroca, após o empate em 0 a 0 com a Chapecoense.
Sem reforços e com saídas importantes, Eduardo Barroca também tem que conviver com um ambiente externo conturbado. O Botafogo convive com problemas financeiros e chegou a ficar com dois meses de salários atrasados junto ao elenco. Durante a folga da Copa América, os jogadores, inclusive, fizeram uma greve de silêncio, em protesto aos débitos junto à diretoria.
Período pós-Copa América é preocupante
Os problemas fora de campo refletiram dentro das quatro linhas. Desde o retorno da temporada, o Botafogo realizou nove partidas, com apenas duas vitórias. O aproveitamento de 63,3% passou a ser de 29,6%. Além dos triunfos, foram dois empates e cinco derrotas.
Neste período, o Alvinegro balançou as redes em seis oportunidades, mas levou dez gols. A produção ofensiva, que tinha 1,1 tentos por duelo antes da Copa América, passou a ter uma média de menos de um gol por jogo: 0,6. Na defesa, a equipe também passou a conceder mais - 55,5% dos gols levados pelo Glorioso sob o comando de Eduardo Barroca aconteceram após a competição internacional.
O treinador ainda tenta descobrir a melhor forma de escalar a equipe. Titular durante boa parte do ciclo após a Copa América, Rodrigo Pimpão não passa por um momento positivo dentro das quatro linhas. Neste contexto, as opções disponíveis são Lucas Campos e Rhuan, jogadores oriundos das categorias de base. Sem dinheiro para contratar, Barroca deve achar soluções em atletas formados em General Severiano.
No Campeonato Brasileiro, o Botafogo se afastou do G6. Com 23 pontos e ocupando a nona colocação, a distância para o Atlético-MG, primeiro clube na zona de Libertadores, é de quatro pontos. O buraco para esta parte da tabela, que não era de nenhum ponto nos nove primeiros jogos de Eduardo Barroca, quadruplicou nos últimos sete compromissos do técnico no Brasileirão.
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