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Alteração tática do começo é ‘luz no fim do túnel’ em derrota do Botafogo

Barroca iniciou partida com Diego Souza no meio, Alex Santana no ataque e Erik no centro; formação sinalizou melhor momento do Alvinegro no duelo contra o Santos

Alex Santana - Botafogo x Santos
Alex Santana, atuando pelo lado esquerdo, foi bem (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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A formação divulgada pelo Botafogo antes do duelo contra o Santos, no último domingo, não tinha nenhuma surpresa. Eram, praticamente, os mesmos atletas que iniciaram contra o Santos, na rodada anterior. Quando a bola rolou, porém, foi possível ver uma formatação tática bem diferente: Eduardo Barroca iniciou a partida com muitas mudanças táticas.

Alex Santana, geralmente volante, começou atuando no lado esquerdo do setor ofensivo, intercalando entre o meio-campo e o ataque. Diego Souza, referência, recuou e foi, ao lado de João Paulo, o meio-campista na segunda linha do campo. Por fim, coube a Erik ficar centralizado, sendo o atacante principal da equipe, que, taticamente, ficou disposta desta maneira:

O Botafogo jeitou desse jeito durante os 15 primeiros minutos da etapa inicial, justamente o período da partida em que foi superior. Com tal formação, o time teve maior fluidez nas ideias e chegou mais rapidamente ao campo de ataque - o maior defeito que a equipe de Eduardo Barroca apresentou até aqui. Neste sentido, Alex Santana, responsável por levar a bola com velocidade entre os setores, se destacou.

- Com essa formação eu consigo mudar essa estrutura para um losango sem mexer peça. Com o Erik na frente consigo ter uma pressão no goleiro melhor. Sem o Diego na referência a gente perde no jogo de parede, mas ganha em ataque às costas. Num primeiro momento o Erik fez o pedido, mas depois a gente deu uma afrouxada nesse sentido. Eu preciso ter frieza e clarividência para tirar coisas boas que o jogo me ofereceu. Contra um adversário muito difícil, contra um treinador muito bom e que está há mais tempo no trabalho. A gente precisa voltar a vencer o mais rápido possível - analisou Eduardo Barroca.

O trabalho sem bola de Erik nessa formação também foi acima da média. Com a presença de Alex Santana e Luiz Fernando nos lados do campo, a pressão à saída de bola do Santos foi intensa e o camisa 11 se destacou neste sentido, incomodando a vida dos zagueiros do Peixe com a velocidade. Não à toa, dois dos três defensores santistas estavam amarelados com menos de 20 minutos.

Mesmo com o bom começo, Eduardo Barroca resolveu abrir mão da estrategia na metade da etapa inicial, colocando os jogadores em suas posições originais. Desta forma, o Botafogo viu o Santos melhorar na partida e terminar os 45 minutos iniciais aparecendo mais no campo de ataque.

Se a atuação, em termos gerais, não foi boa, a luz no fim do túnel para o Botafogo foram essas mudanças táticas. Recuado, Diego Souza melhorou o passe no meio-campo; Alex Santana teve espaço para correr e aproveitar os espaços vazios com sua velocidade e a rapidez de Erik foi eficiente na pressão na posse de bola adversária. Na entrada de uma semana decisiva, com jogos contra Atlético-MG e Flamengo, a formação pode voltar a ser utilizada.

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