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Vendas de times nos EUA revela abismo financeiro das SAFs no Brasil

Mercado brasileiro ainda está muito atrás quando se fala do tamanho do investimento feito nos clubes

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imagem cameraTimes da NBA têm valor de mercado muito maior que equipes brasileiras
Dia 25/03/2025
08:15
Atualizado há 2 minutos

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Quase quatro anos depois do início dos investimentos no futebol brasileiro através das SAFs, os clubes do país têm se mostrado cada vez mais interessados em se adequar e se se estruturar a um mercado que já movimenta bilhões de reais. Mas a realidade é que o Brasil ainda é um terreno pouco habitado e embrionário quando se compara com negócios esportivos do mercado internacional.

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Há um abismo financeiro que separa os clubes brasileiros não só dos gigantes europeus, mas também do mercado de investimentos em outros esportes e outras ligas, como é evidenciado pelo potencial das ligas norte-americanas. Na última semana, o Boston Celtics, franquia de basquete da NBA, foi vendida por um valor quase oito vezes maior que a soma todas as SAFs da elite do futebol brasileiros.

Se somar o valor das compras e investimento de Botafogo, Cruzeiro, Bahia e Vasco (hoje sem o aporte de novos investidores), as SAFs que estão na Série A do Brasileirão em 2025 chegam a quase R$ 4,5 bilhões. Só a venda dos Celtics, que é a franquia mais vencedora da NBA, ultrapassa a casa dos R$ 34 bilhões*.

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Importante pontuar que os valores de venda de cada SAF são diferentes entre si porque dependem dos acordos, que têm metas, gatilhos, parcelamentos ou dívidas pendentes. Para o cálculo, foram considerados os números divulgados na assinatura dos acordos.

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Por exemplo, o Botafogo teve investimento de quase R$ 1 bi em três anos, além dos R$ 400 mi pagos para assumir o clube. Além disso, havia uma dívida que passava de R$ 1 bi. No Tricolor baiano, o valor de R$ 1 bi do Grupo City está sendo distribuído em contratações e outros investimentos a cada temporada. Já o Cruzeiro teve duas vendas, uma feita para Ronaldo Fenômeno, que tinha como foco pagar as dívidas exorbitantes da equipe e um investimento de R$ 50 mi, e uma segunda para o atual dono Pedro Lourenço, que dessa vez investiu mais pesado na compra do time.

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Boston Celtics v Golden State Warriors
Boston Celtics foi vendido por mais de R$ 30 bilhões. (Foto: Noah Graham / Getty Images via AFP)

É claro que a comparação pode não ser exata, mas ajuda a dimensionar a diferença dos valores trabalhados nos mercados do exterior. Além disso, alguns fatores são colocados em segundo plano, como o mercado de direitos e imagem e patrocínios, que interfere diretamente na valorização dos times em qualquer esporte, tamanho do mercado consumidor dessa modalidade ou do clube e até de qual economia (país) está sendo retratada.

Esportes americanos hipervalorizados

Falar dos "esportes norte-americanos" é sinônimo de cifras exorbitantes e investimentos extremamente valorizados no mercado, ainda que se compare a outros centros financeiros e esportivos, como é o caso do futebol na Europa. Um levantamento recente mostra que equipes de futebol são superadas por diversas franquias da NBA e da NFL quando se trata de valor de mercado.

A pesquisa da Sportico aponta que os times de basquete e futebol americano têm investimentos muito maiores que gigantes do futebol mundial, por mais que esses esportes uma atuação mais concentrada em um país. Dos 50 times mais valiosos do mundo na lista, 31 deles representantes da liga de futebol americano. A NBA, de basquete, vem logo em seguida, com nove equipes na lista.

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O Manchester United é o primeiro time de futebol na lista, na 17ª posição, seguido pelo Real Madrid. Com bastante folga, surgem Barcelona, Liverpool e Bayern de Munique, todos abaixo do top 30 do ranking da Sportico.

O movimento de venda dos Celtics se torna ainda mais chamativo pelo fato da franquia de Boston ser "apenas" o 24º da lista. A equipe quebrou o recorde de venda de franquia nos EUA que pertencia ao Washington Commanders, time da NFL, em 2023. A equipe de futebol americano foi negociada por US$ 6,05 bilhões, ou R$ 34,3 bilhões, o que corresponde a uma diferença de R$ 283,7 milhões.

Valorização recorde das franquias nos EUA

A notícia da venda do Boston Celtics pode assustar pelos valores investidos, mas não é uma novidade dentro do mercado esportivo dos Estados Unidos. Há alguns anos o país tem sido palco de processo de valorização de equipes esportivas e o setor tem, cada vez mais, alcançado cifras exorbitantes em contratos de televisão, vendas de jogadores e das próprias equipes.

Em 2022, por exemplo, o empresário Mat Ishbia comprou o Phoenix Suns, da NBA, e o Phoenix Mercury (WNBA) por US$ 4 bilhões (R$ 22,7 bi na cotação atual). O valor é quase três vezes ao recordes que pertencia ao Minnesota Timberwolves, vendido em 2021 por US$ 1,5 bi (R$ 8,5 bi), junto com o time feminino da franquia, o Minnesota Lynx.

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Para se ter uma ideia da valorização das franquias da NBA, o próprio Boston Celtics pode ser usado como exemplo. Em 2002, o ex-dono Wyc Grousbeck comprou o time por US$ 360 milhões. Agora, vende por um valor quase 17 vezes maior.

Além disso, os times da NBA tem passado por um aumento substancial nos contratos com os atletas. No caso dos Celtics, atletas como Jaylen Brown e Jayson Tatum vão ganhar juntos cerca de US$ 120 milhões anuais em breve.

* A conta usada para a reportagem inclui os valores totais de investimento e dívidas pagas do Botafogo, o investimento total da SAF do Bahia, por mais que ainda esteja em processo de execução desse valor, o valor do da compra e do investimento de Ronaldo no Cruzeiro, além do valor de venda SAF do Fenômeno para Pedro Lourenço. No caso do Vasco, foi usada a cifra correspondente ao que havia sido comprado pela 777 até o momento de sua saída do clube.

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