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ANÁLISE: Artur Jorge é responsável por pilares que fizeram do Botafogo campeão

Treinador foi 'ponto chave' para temporada histórica do Glorioso

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imagem cameraTime do Botafogo comemora título da Libertadores e carreata no Rio de Janeiro. (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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Isabelle Favieri
Rio de Janeiro
Dia 09/12/2024
06:00
Atualizado em 08/12/2024
21:39

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A temporada vivida pelo Botafogo parece uma redenção da luta dos últimos anos. O time alvinegro começou 2024 aos trancos e barrancos, e questionado pela perda do título brasileiro de 2023. Mas, a espera, assim como um jejum de 29 anos, acabou com a consagração de dois dos maiores títulos do futebol brasileiro: Libertadores e Brasileirão. O sucesso desse elenco estrelado passa diretamente pelas mãos - e cabeça - de um responsável: Artur Jorge.

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Com a vitória sobre o São Paulo, por 2 a 1, neste domingo (8), o Glorioso confirmou o título nacional e algo que já estava escrito desde o início da temporada: é tempo de Botafogo. As comparações com a derrocada do ano passado eram inevitáveis depois de um início questionável. Fora da semifinal do Campeonato Carioca e passando por mais uma troca de técnico, não faltou quem não temesse mais um ano aquém do esperado. Mas a chegada do principal reforço do elenco mudou o curso de 2024.

A mentalide de Artur Jorge teve impacto imediato no desempenho de um time que parecia desacreditado. Logo em sua coletiva de apresentação, o treinador deixou claro que seus objetivos no clube eram transformar a mentalidade e implementar o seu estilo de jogo: ofensivo, corajoso e domingo. E conseguiu.

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— Não seria muito coerente se dissesse que minha ideia é manter o que está aqui sendo feito. Meu objetivo nesse momento é fazer com que este Botafogo possa ser uma equipe dominante, que tenha coragem, preenchida de valores que cremos que podem identificar e ter uma identidade muito própria. Para que nós possamos, dentro daquilo que é o contexto do elenco que temos, ajustar e determinar aquilo que é nossa ideia de jogo. Para conseguirmos de uma forma muito clara fazer com que os jogadores se adaptem e acreditem naquilo que é a ideia de toda a comissão técnica, para conseguirmos criar uma equipe que possa ter também aquilo que é a identidade de sua comissão técnica. - disse o técnico, em abril.

Com Artur Jorge, vieram três pilares que transformaram a vida do Botafogo em 2024 e potencializaram um time multicampeão: inteligência, constância e força mental.

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Inteligência

Marcação alta, pressão, domínio e sufocar o adversário. É assim que o Botafogo de Artur Jorge se portou durante todo o campeonato. O modelo ofensivo passa pela troca de passes e associações de jogadores pelos lados do campo. Os laterais jogam mais abertos para ajudar os meio-campistas e atacantes, facilitando construção. Além disso, viradas rápidas de jogo criam mais chances de gol ao abrir espaços. O centroavante tem a características de sair da área para fazer o famoso "pivô" entre linhas, ajudando na armação das jogadas.

É claro que o trabalho de scout feito pelo clube tem papel fundamental do sucesso do estilo implementado pelo treinador. John Textor fez investimentos pesados com a chegada de Luiz Henrique, Thiago Almada e Vitinho. Além de peças importantes que chegaram sem custos, como Igor Jesus e Alex Telles. O elenco estrelado apenas aperfeiçoou o esquema que já estava na cabeça do comandante, e que transformou o Botafogo no melhor time da América e do Brasil.

Constância

A troca de técnicos em 2023 pode ter sido um dos principais fatores para a queda de desempenho do time alvinegro no segundo semestre. Foram quatro: Luís Castro, Lúcio Flávio, Bruno Lage e Tiago Nunes. Mas, a chegada de Artur Jorge ao time alvinegro em 2024 pôs um ponto final à instabilidade e trouxe a constância como um dos pilares do Botafogo. Um trabalho sólido e jogadores com ritmo de jogo foram fundamentais ao longo de uma temporada com mais de 70 jogos.

Força mental

Talvez um dos maiores motivos da derrocada de 2023 tenha sido o mental. Algo que foi repetido diversas vezes durante 2024 como justificativa para tropeços ou dificuldades encontradas na temporada. Jogadores que nem estavam no elenco eram questionados sobre o fator psicológico dos atletas. Mas, diferente do que aconteceu ano passado, a mentalidade forte foi um dos principais pontos para as glórias alvinegras.

Na Libertadores, isso esteve à prova mais de uma vez. Um dos exemplos foi o jogo de volta das semifinais contra o Palmeiras, no Allianz Parque. Ao vencer por 2 a 1 o jogo de ida, o Botafogo tinha a vantagem no empate para avançar de fase. Porém, viu a classificação ser posta em risco em questão de 10 minutos. Vencendo por 2 a 1, o clube paulista conseguiu o empate aos 43 minutos do segundo tempo, e quase virou nos acréscimos. Mas, gol foi anulado por toque de mão.

Outro exemplo é na própria final, quando Gregore foi expulso em menos de um minuto de jogo, e a equipe alvinegro precisou jogar a partida mais importante da sua história com um jogador a menos. Resultado: 3 a 1.

Essa foi mais uma questão citada por Artur Jorge em sua chegada ao Brasil. O treinador deixou claro que a mentalidade precisava ser trabalhada e fortalecida.

— Há uma questão aqui muito importante e compete a nós, enquanto comissão técnica, assim como a própria estrutura, sermos capazes do controle emocional para conseguirmos gerir as expectativas. Percebo essa questão, e seria muito mais fácil falar aqui muita coisa que eu não vou falar. Precisamos ter essa consciência. Nós temos um longo trabalho pela frente. Vamos trabalhar de forma a criar uma identidade muito forte na equipe, de grande capacidade de abordagem do jogo, intensidade, seriedade, agressividade.

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Agora, campeão nacional e continental, o Botafogo não terá chance de comemorar suas glórias. A chave vira para o torneio da Copa Intercontinental, que acontece já na próxima semana, em Doha, no Catar. A delegação alvinegra viajou já neste domingo (8) para a capital árabe, para se preparar para o primeiro duelo da competição, contra o Pachuca, do México, na quarta-feira (11). A bola rola a partir das 14h (de Brasília).

Artur Jorge orienta Botafogo na final da Libertadores contra o Atlético-MG
Artur Jorge orienta Botafogo na final da Libertadores contra o Atlético-MG (Foto: Luis Robayo/AFP)

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