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ANÁLISE: Artur Jorge potencializa Botafogo e o transforma no melhor time da América

Com ajustes no intervalo, Glorioso goleou o Peñarol na semifinal da Libertadores

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Artur Jorge, técnico do Botafogo, durante partida contra o Peñarol, no Nilton Santos, pela Copa Libertadores 2024. (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)

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A temporada vivida pelo Botafogo parece uma redenção da luta dos últimos anos. O time alvinegro começou 2024 aos trancos e barrancos, e questionado pela perda do título brasileiro de 2023. Mas, parece que a espera finalmente vai acabar. Nesta quarta-feira (23), a equipe de Artur Jorge goleou o Peñarol por 5 a 0 na semifinal da Libertadores e colocou os pés na final da competição. Um feito inédito para o clube.

▶️ Botafogo goleia o Peñarol e coloca os pés na final da Libertadores

▶️ Jogador do Botafogo se emociona com gol sobre o Peñarol na Libertadores

É claro que o trabalho de scout feito pelo clube mudou o curso desta temporada. John Textor fez investimentos pesados com a chegada de Luiz Henrique, Thiago Almada e Vitinho. Além de peças importantes que chegaram sem custos, como Igor Jesus e Alex Telles. Mas, o que adianta um elenco estrelado sem um bom comandante?

A troca de técnicos em 2023 pode ter sido um dos principais fatores para a queda de desempenho do time alvinegro no segundo semestre. Foram quatro: Luís Castro, Lúcio Flávio, Bruno Lage e Tiago Nunes. Mas, a chegada de Artur Jorge ao time alvinegro em 2024 pôs um ponto final à instabilidade e trouxe algo que tem sido um dos pilares da equipe nesta temporada: constância.

Marcação alta, pressão, domínio e sufocar o adversário. Esta é uma simples tônica que reflete o Botafogo. O modelo ofensivo do técnico passa pela troca de passes e associações de jogadores pelos lados do campo. Os laterais abertos ajudam a fazer triangulações com os meio-campistas e/ou atacantes, facilitando construção. Além disso, viradas rápidas de jogo criam situações de mano a mano entre os extremos e os defensores adversários, e o centroavante muitas vezes sai da área para fazer o famoso "pivô" entre linhas e ajudando na armação das jogadas.

A goleada histórica sobre o Peñarol passa diretamente pelos ajustes feitos por Artur Jorge no intervalo. No primeiro tempo, o Botafogo encontrou uma defesa uruguaia bem postada e encontrou dificuldades para chegar ao gol de Aguerre. Luiz Henrique se viu sempre bem marcado e longe das opções de passe.

No intervalo, o técnico fez mudanças. O camisa 7 passou a jogar mais na meia esquerda, com infiltrações por dentro, e perto de Marlon Freitas. O primeiro gol, com Luiz Henrique se movimentando pelo meio e trocando passes com Savarino, saiu a partir dessas mudanças. A partir daí, abriu a porteiro. Em cerca de 15 minutos, o Glorioso já estava goleando o time de Diego Aguerre.

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Luiz Henrique, jogador do Botafogo, comemora seu gol com Alex Telles, jogador da sua equipe, durante partida contra o Peñarol, no Nilton Santos, pela Copa Libertadores 2024. (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)

Além das mudanças táticas, a mentalidade vencedora é o diferencial do Botafogo de 2024. O time mantém a calma e não se deixa abalar na pressão. Artur Jorge sempre falou sobre colocar os pés no chão, viver um jogo de cada vez e entender a complexidade da competição. E é o pensamento que reverbera no vestiário. Mesmo com uma vantagem de 5 a 0 no placar, Alex Telles e Alexander Barboza ressaltaram, após o jogo, que não tem nada ganho, e que vão para Montevidéu sem pensar em colocar os pés no freio. A vontade é uma só: vencer, vencer e vencer.

Agora, as equipes voltam a se enfrentar para a decisão da semifinal na próxima quarta-feira (30), no Campeón del Siglo, em Montevidéu, a partir das 21h30 (de Brasília). Antes disso, o Botafogo volta a campo neste sábado (26), contra o Bragantino, pelo Brasileirão, às 19h (de Brasília), no Nabizão, em mais um jogo decisivo que pode valer o topo da tabela da competição. Restam três finas para a Glória Eterna, e mais oito finais para o título brasileiro. Uma 'dor de cabeça' e tanto para Artur Jorge.

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