ANÁLISE: Botafogo conclui temporada épica sem tempo de lamentar resultado frustrante
Glorioso encerra temporada com dois ds maiores títulos do futebol brasileiro
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A derrota, por 3 a 0, para o Pachuca, do México, na última quarta-feira (11), no Clássico das Américas, pela primeira partida da Copa Intercontinental, pode ter doído, Mas, como foi durante toda a temporada, o Botafogo não tem tempo para lamentar a eliminação. Isso porque a equipe tem pressa para retornar ao Brasil e retomar as comemorações depois de um 2024 histórico.
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O time alvinegro começou 2024 aos trancos e barrancos, e questionado pela perda do título brasileiro de 2023. Mas, a espera por grande títulos se encerrou com uma grande catarse. Depois de ficar de fora das semifinais do Campeonato Carioca e passar por mais uma troca de técnico logo no início do ano, houve quem temesse mais um ano aquém do esperado e dos investimentos feitos. Mas aos poucos, as peças foram chegando, e o time estrelado escaixou perfeitamente para se tornar no melhor da América.
O principal deles foi Artur Jorge. O treinador chegou para assumir um Botafogo 'machucado'. Eram alguns problemas para resolver: traumas da torcida, jogadores mentalmente abalados e um início de Libertadores com derrotas que poderiam deixar o time de fora do mata-mata. Em abril, o técnico prometeu que iria corrigir os erros e que a meta era transformar o Alvinegro em um time com identidade própria, ofensivo, corajoso e dominante. Promessa cumprida.
O trabalho do scout também foi fundamental para a 'virada de chave'. Uma grande reformulação do elenco foi feita e a chegada de jogadores como Luiz Henrique, Thiago Almada, Igor Jesus, Savarino, Alex Telles e a dupla de zaga foram acertos pontuais que encaixaram perfeitamente com o estilo de jogo pensado pelo treinador. A partir daí, foi questão de tempo - e pouco - para que tudo encaixasse.
Por sinal, tempo foi uma palavra importante para o Botafogo de 2024. Talvez a falta dele tenha sido a definição dessa reta final de temporada. Mas também, o 'pouco tempo' fez com que tudo fosse mais valorizado. Jogadores como Almada, Luiz Henrique e Adryelson já chegaram ao clube com o 'tempo contado'. Mas em tão pouco, já caíram nas graças da torcida e fizeram a diferença nas partidas mais decisivas do ano.
Em seis meses, um 'novo' time se formou, se uniu e entendeu bem o que é ser Botafogo. Carregando o peso de uma torcida magoada e que ansiava títulos. Mas, com o tempo, eles vieram de forma quase cinematográfica. Apenas três dias depois de vencer o Palmeiras, carrasco de 2023, por 3 a 1, no Allianz Parque, e retomar a liderança do campeonato nacional de forma brilhante, o time de Artur Jorge já precisou virar a chave para o jogo mais importante do ano: a final da Libertadores.
E como tem coisas que só acontecem com o clube de General Severiano, a emoção não podia faltar. Gregore foi expulso em menos de um minuto, e o Alvinegro precisou jogar mais de 90 minutos com 10 jogadores em campo. Mas dessa vez, o tempo estava a favor. Resultado: 3 a 1, e um título inédito para os mais de 45.000 botafoguenses presentes em Buenos Aires. O relógio podia parar ali, mas o tempo não para.
Três dias depois, o Botafogo jogou mais uma decisão. Voltou ao Brasil para enfrentar o Internacional, no Beira-Rio, em jogo que poderia dar o título brasileiro. Mas, nada feito. O campeonato seria decidido na última rodada, em casa. Líder do campeonato e com a vantagem do empate, as circunstâncias não podiam ser melhores. Parecia escrito nas estrelas que a torcida, que viu em casa uma virada assustadora do clube paulista em 2023, pudesse, finalmente, gritar campeão depois de 29 anos de jejum. Era muito tempo.
O que parecia uma espera interminável, acabou em um piscar de olhos, ou melhor, em uma semana. Vitória por 3 a 1, em cima do São Paulo, e enfim, mais um grito pôde soltar do peito: campeão brasileiro. Mas, o tempo é cruel. A comemoração de dois dos maiores títulos da história do clube tiveram que entrar no modo de espera novamente. No mesmo domingo, o elenco glorioso viajou rumo ao Catar para disputar a Copa Intercontinental.
Apesar de um resultado frustrante para o Pachuca, nesta quarta-feira (11), nada apaga a temporada histórica feita pelo Botafogo em 2024. Entre quebra recordes, de jejuns e de 'escritas negativas', o time comandado por Artur Jorge atingiu um patamar que poucos alcançaram na história do futebol brasileiro. A espera acabou com a consagração de dois títulos, conquistados de maneira épica, e principalmente, com um objetivo atingido: fazer com quem o Glorioso pudesse, enfim, voltar a comemorar suas glórias. Então, sem tempo de lamentar uma simples derrota em Doha, o time alvinegro corre para retornar ao Brasil e fazer o que sabe fazer de melhor: comemorar.
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