ANÁLISE: Botafogo faz três jogos idênticos e falta de criatividade leva à perda da liderança
Força ofensiva vai de potência para principal dificuldade na reta final
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O Botafogo empatou em 1 a 1 com o Vitória, neste sábado (23), no Nilton Santos, pela 35ª rodada do Brasileirão, em duelo que valia o topo da tabela. Com o novo tropeço, o Glorioso foi ultrapassado pelo líder Palmeiras, que agora tem os mesmos 70 pontos e uma vitória a mais. Apesar de um domínio da partida, o Alvinegro viu o mesmo filme se repetir nos últimos três confrontos: uma chuva finalizações que nunca terminam em gols.
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Desde o duelo contra o Cuiabá, os jogos têm ficado cada vez mais decisivos e difíceis. Todos eles tiveram algo em comum: um time fechado, com três zagueiros, linha de cinco e apostas nos contra-ataques. O resultado foi o mesmo em todos: um empate frustrante.
Do melhor ataque do campeonato, o Botafogo passou a ter dificuldades de encontrar espaços para armar as jogadas. As linhas de cinco, acabam virando linha de oito, 10 jogadores adversários em seu campo de defesa, em que a única solução que se encontra é cruzar na área. Desde a vitória de 3 a 0 sobre o Vasco, o Glorioso precisou de 81 finalizações para estufar as redes.
- 3 x Vasco (após o terceiro gol)
- 28 x Cuiabá
- 27 x Atlético-MG
- 23 x Vitória (antes do gol)
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A partir daí, parece que as equipes entenderam o que era preciso fazer para se tirar pontos do Alvinegro. Após a expulsão de Rubens, no duelo contra o Atlético-MG, Gabriel Milito fechou o time, e o que se viu foi um jogo de um time só. O Botafogo atacava, e o Galo defendia. Foram 27 finalizações, e nenhum gol.
O número de cruzamentos aumentou gradativamente, na medida em que os jogos foram ficando mais desafiadores.
- 12 cruzamentos contra o Flamengo (4x1)
- 16 cruzamentos contra o Atlético GO (4x1)
- 18 cruzamentos contra o Atlético MG (3x0)
Agora, os números praticamente dobraram. Na última quarta-feira (20), foram49 cruzamentos contra o Atlético-MG e 55 cruzamentos contra o Vitória, em dois jogos, foram 104 cruzamentos para marcar apenas um gol, que foi contra.
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Para tentar dar opções ofensivas, Artur Jorge opta por colocar o time para frente, tirando meio-campistas, como foi o caso de Almada e Tchê Tchê. Mesmo com cinco atacantes em caso, a equipe teve dificuldades para trocar passes com maiores movimentações, se livrando de marcadores, para chutar.
Após o empate, o técnico falou sobre a frustração de não conseguir ganhar as partidas mesmo com um amplo domínio sobre o adversário. Segundo Artur Jorge, isso também influencia no psicológico dos jogadores em campo.
- São três jogos que não conseguimos vencer, com mais de 70% de posse de bola, com mais de 80 arremates no total. Claramente, dominadores. Mas é frustrante enquanto equipe. Não conseguimos materializar. Fizemos um gol. E isso tem impacto na parte emocional dos atletas, também. Porque não vão acontecendo as coisas, vai aumentando a ansiedade, com a dificuldade que nós próprios criamos dentro do jogo.
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Na próxima quarta-feira (26), o Botafogo terá um cenário diferente pela frente. Em um duelo com gosto de final contra o Palmeiras, no Allianz Parque, a equipe carioca vai encarar um time que precisa buscar o resultado, por isso, deve sair do campo de defesa para ganhar a partida. E nessas condições, o Glorioso triunfou sobre o Alviverde duas vezes, nesta temporada. Empatados em pontos, o Alvinegro precisa deixar a ansiedade para trás, e reencontrar o caminho da vitórias no jogo mais importante do campeonato, até aqui. A bola rola a partir das 21h30 (de Brasília).
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