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Análise: Empate expõe dificuldades defensivas que Botafogo tem na temporada

Dificuldades nas alas, espaços deixados pelo meio de campo e pouco congestionamento no ataque marcaram resultado no Nilton Santos

Botafogo x Ceará
Botafogo passa por dificuldades em empate contra o Ceará (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

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O empate do Botafogo contra o Ceará expôs novamente problemas que a equipe apresentou durante a temporada, principalmente nos aspectos defensivos, que foram determinantes para que o Ceará tivesse um domínio maior sobre a equipe alvinegra durante a etapa complementar. Um dos pontos mais marcantes foi o contraste entre o 1° e o 2° tempo.

LINHAS DESORGANIZADAS E ESPAÇOS NO MEIO
O Botafogo não é uma equipe que costuma pressionar em bloco alto, porém adotou uma postura diferente que surtiu efeito no 1° tempo, mas que no 2° tempo começou a ser um aspecto no qual o alvinegro começou a apresentar falhas. 

A partir da metade da partida, até mesmo depois de ter sofrido o gol, as linhas de marcação do Botafogo se desconectaram a ponto de perderem a compactação, especialmente entre o meio e a defesa, o que foi fundamental para que o Ceará dominasse o setor e começasse a criar diversas oportunidades partindo da zona e meio-campo entre os volantes e os defensores.

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ALAS ABERTAS E SARAVIA EM DIFICULDADES
Em diversas das ocasiões em que o Ceará conseguiu atingir a área do Botafogo, teve muitos espaços tanto pela ala esquerda como pela direita. Com o bloco do Botafogo fechado no meio com uma baixa amplitude, gerando uma concentração no setor, as laterais acabavam se tornando espaços acessíveis para os pontas do Ceará.

​Individualmente, o Botafogo teve problemas na ala direita devido ás dificuldades enfrentadas por Saravia. O argentino é um jogador que sobe muito ao ataque, portanto, acaba se tornando mais vulnerável para ser atacado pelas costas e foi o que aconteceu novamente neste sábado, na marcação a Mendoza, onde o colombiano deu trabalho ao lateral, inclusive em situações de mano a mano.

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ATAQUE COM POUCAS OPÇÕES
Nas transições ofensivas, foi possível perceber poucas opções de chegada para a equipe do Botafogo, especialmente nos contra-ataques. Não se tinha um bloco de acompanhamento ao portador da bola, fazendo uma movimentação mais vertical em direção ao último terço do campo.

Outro ponto a se destacar neste mesmo tipo de transição veloz é a falta de proximidade dos jogadores, que formavam já um bloco de poucas peças, porém com pouca proximidade, o que dificultava as opções para a efetuação de passes por parte dos meias e como consequência, põe em risco a fluidez da jogada, o que muitas vezes fez com que os meias centrais buscassem como alternativa chutes de longe, o que não surtiu efeito.

Mesmo tendo feito uma boa apresentação no 1° tempo, dominando as ações, rodando mais a bola e chegando bem ao ataque pelas alas, o Botafogo mostrou que ainda tem problemas recorrentes durante a temporada. O fato de ter menos opções para a partida também contribui para a distinção de ritmos nos dois tempos da partida, mas também há situações que a equipe ainda não conseguiu evoluir. Pode ser que para ajustar tais defeitos seja preciso tempo, mas se tiver que manter a regularidade no campeonato, não será preciso levar tantos jogos para solucioná-los.

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