Análise: entrada de Cícero não ajuda Botafogo e time precisa correr atrás
Meio-campista não ajuda no ataque e na defesa e Cuiabá explora buracos gerados justamente pelo fraco posicionamento do camisa 28
A prioridade do Botafogo no mercado é um primeiro volante. A comissão técnica entende que a posição precisa de reforços - nomes são oferecidos e estudados. Enquanto isso, Rafael Forster, zagueiro de origem, e Cícero vem atuando no setor com Bruno Lazaroni. O segundo foi a opção do treinador na derrota para o Cuiabá, nesta terça-feira, mas a aposta saiu pelo gatilho.
Cícero não contribuiu para o jogo do Botafogo em nenhuma das metades do gramado. O camisa 28 se escondeu da partida em momentos que deveria aparecer para organizar a saída de bola e não foi tão presente no que diz respeito à desarmes e interceptações.
O resultado foi um Cuiabá pressionando alto e ganhando campo a partir de roubadas de bolas nos laterais e meio-campistas do Botafogo. Marcelo Benevenuto e Kanu, os zagueiros, não eram incomodados pelas linhas de marcação do Dourado, que subiam apenas quando a bola era passada para outros jogadores.
Cícero pouco contribuiu para o Botafogo sair da pressão exercida pelo Cuiabá. O time, perdido, conseguiu sair dos encaixes do Dourado em algumas oportunidades a partir de passes longos de Kevin. O lateral-direito, acionado com frequência durante a partida, não foi eficaz neste sentido durante os 90 minutos. Após a partida, Bruno Lazaroni limitou-se a falar da atuação do camisa 28.
- Jogador experiente. Até então eu utilizava o Forster ali improvisado, mas não gosto de avaliar jogador individualmente. Coletivamente em alguns momentos a gente foi bem e em outros nem tanto. Mas é possível corrigir, é só o primeiro tempo dessa decisão. Vamos fortes para o segundo tempo - analisou.
A culpa do resultado do Botafogo, contudo, não pode passar apenas por Cícero. Mais uma vez, a equipe apresentou dificuldade para criar chances com a bola no chão e ficou presa em uma marcação de bloco baixo. Bruno Lazaroni, porém, não apresentou nenhuma alternativa e permaneceu com o mesmo estilo durante os 90 minutos. Ao final do jogo, colocou a "ansiedade" como um dos critérios para o resultado negativo.
O Botafogo iniciava e tentava finalizar as jogadas da mesma forma. Com exceção de uma defesa de João Carlos em cabeçada de Pedro Raul, o Cuiabá não foi ameaçado. A equipe precisa correr - e, mais do que isso, passar a ter novas maneiras de jogo - para tentar reverter o resultado na Arena Pantanal.