ANÁLISE: ‘Novidades’ de Lage deixam Botafogo confuso, e equipe não engrena diante do Goiás
Treinador planeja ajustes, mas equipe esbarra em erros e joga mal no Niltão
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O técnico Bruno Lage vem reforçando rodada a rodada a necessidade do Botafogo pavimentar caminhos em busca da rede. No entanto, o empate em 1 a 1 diante do Goiás, na segunda-feira (2), pela 25ª rodada do Brasileirão, deixou nítido que mudanças efetivas não surgirão de maneira brusca.
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As novidades propostas por Lage pouco ajudaram para que o Glorioso espantasse o jejum de vitórias e, além disso, viram a torcida entoar o grito de "burro" ao apito final da partida no Nilton Santos.
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Lage deslocou Tchê Tchê para a lateral direita. Além disso, lançou Gabriel Pires para atuar com Marlon Freitas no meio. No ataque, Diego Costa ganhou espaço no lugar de Tiquinho Soares.
Mesmo com as "surpresas", o Alvinegro não escapava de um problema que o assola nos últimos jogos. A equipe continuou encaixotada na marcação, com dificuldades para fazer com que a bola chegasse ao ataque. O raríssimo momento veio em um vacilo adversário no qual Diego Costa surgiu livre e encheu o pé, exigindo Tadeu.
Enquanto isso, o Goiás via um Botafogo vulnerável defensivamente e agia com velocidade. Aos poucos, foi assustando Lucas Perri e saiu na frente com um gol de cabeça de Lucas Halter. A desvantagem afobou os botafoguenses, que abusaram de cruzamentos para a área e de apostar na correria de Victor Sá. Com Eduardo abaixo da média e muita afobação na troca de passes, os lampejos vieram em finalizações de longe, sem sucesso.
O panorama mudou com as entradas de Luis Henrique e Tiquinho Soares. O camisa 9, pedido pela torcida na etapa inicial, assumiu a responsabilidade de ditar o ritmo do jogo e foi premiado com um belo gol aos seis minutos. Aos poucos, as chances da virada surgiram em lançamentos para Diego Costa. O embalo foi promissor e chamou a torcida.
Só que, aos poucos, o ritmo foi ficando "picotado" por cera do Goiás e por problemas no rádio do árbitro. A equipe de Bruno Lage voltou a passar por momentos confusos ofensivamente e só teve um alento com a entrada de Matías Segovia. O paraguaio deu brecha para Tchê Tchê finalizar no travessão. A reta final demonstrou equilíbrio, mas novamente a equipe pecou pela falta de tranquilidade ao definir as jogadas, foi travado pela defesa esmeraldina e viu dois pontos escaparem.
À medida que o Botafogo vá ajeitando sua equipe para as últimas rodadas no Brasileirão, cabe ao treinador encontrar uma rota perfeita que a equipe crie jogadas com naturalidade e possa projetar o título.
- É impossível um jogador estar da mesma forma do início até o fim do campeonato. Mesmo sem mim, houve jogos em que jogou bem e outros em que não jogou bem e teve esse tipo de resultado. O jogo do Botafogo é um jogo de muita velocidade. E o segundo tempo, eu tento encontrar as soluções e a equipe está trabalhando para conseguirmos. Se nos derem espaço nas costas e transição ofensiva eles estão com muitos problemas. Temos que ter função do tempo que temos e das nossas características e tomar o jogo - disse Lage.
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