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ANÁLISE: Perda da liderança é a conta que chegou para o Botafogo por erros cometidos no Brasileirão

Ainda assim, o Glorioso é a única equipe que depende apenas de si para vencer a competição

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imagem cameraJogadores do Botafogo lamentam gol sofrido nos acréscimos em duelo contra o Bragantino (Foto: Andre Fabiano / Codigo 19 / Gazeta Press)
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João Marcos
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/11/2023
08:00
Atualizado em 13/11/2023
08:33

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Com o empate em 2 a 2 diante do Bragantino, o Botafogo perdeu a liderança do Brasileirão depois de 31 rodadas. Nada mais simbólico para marcar o péssimo - e surpreendente - segundo turno do Alvinegro. Isso porque a perda da primeira posição na tabela talvez fosse a última opção para fazer o clube perceber - e tentar corrigir - todos os seus erros ao longo da competição.

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Não se engane, torcedor. A queda de rendimento do time no segundo turno do campeonato não é obra do acaso. A começar pela péssima escolha da direção em substituir Luis Castro, técnico que iniciou o torneio no comando da equipe, por Bruno lage, treinador que tem mais grife do que resultados em sua carreira, sem contar o estilo de jogo bem diferente do seu antecessor (clique aqui e leia mais) e a instabilidade emocional.

O português, no entanto, deixou o Botafogo na 25ª rodada do Brasileirão, dando tempo suficiente para que a direção do clube buscasse um nome forte, para minimizar riscos e conduzir a equipe ao título que, àquela altura, era praticamente ganho. O que se viu, para surpresa geral, foi a "efetivação" de Lúcio Flávio, então auxiliar técnico da equipe, no cargo de treinador. Vale destacar que a promoção do ex-jogador foi um pedido dos jogadores - e, bizarramente, aceito pela direção do clube.

Lúcio Flávio, entretanto, não conseguiu recolocar a equipe nos trilhos. Dos oito jogos que comandou o time, ganhou apenas os dois primeiros e encerrou sua passagem no comando da equipe com uma sequência de seis sem vencer. Campanha terrível que, obviamente, não justifica as ofensas sofridas na última semana, mas que contribuíram para o momento atual da equipe.

Lúcio Flávio e Pedro Caixinha - Bragantino x Botafogo
Lúcio Flávio (à direita) não conseguiu manter o ritmo do Botafogo na liderança do Brasileirão (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Agora, o Botafogo entra na pausa para a Data Fifa à espera de Tiago Nunes, que será o quinto técnico da equipe no Campeonato Brasileiro (contando também com o interino Claudio Caçapa, responsável pela transição entre Luis Castro e Bruno Lage). A missão do novo técnico que, vale destacar, surgiu na primeira divisão do nosso futebol apenas em 2018, há cinco anos, é muito clara: vencer os cinco jogos que restam para a equipe e erguer a taça do Brasileirão.

Como cumprir esse objetivo é o grande mistério. Tentar resgatar o que o time tinha de melhor no início da competição, ao invés de tentar impor um estilo próprio logo de cara, pode ser o primeiro passo. Proteger melhor a entrada da área, especialmente as costas dos volantes, e investir nos ataques rápidos, deve ser a prioridade do novo técnico para obter resultados imediatos.

Com cinco partidas por fazer até o final da competição, o Botafogo ainda é a única equipe na disputa pela taça que depende apenas de si para conquistar o Brasileirão. Não há mais espaço para erro e, apesar da desconfiança geral, o momento de acordar é agora. Ou o clube pode acabar a temporada dando um vexame histórico.

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