ANÁLISE: pouco criativo, Botafogo se desdobra defensivamente e arranca empate com o Cruzeiro
Equipe de Bruno Lage recorre à superação para somar ponto e ampliar folga na liderança do Brasileiro
![adryelson-botafogo-cruzeiro-aspect-ratio-512-320](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=1920,quality=75,fit=pad,format=webp/uploads/2023/08/adryelson-botafogo-cruzeiro-aspect-ratio-512-320.jpg)
Em noite de pouca inspiração, não faltou transpiração ao Botafogo ao se deparar com o Cruzeiro. O empate em 0 a 0 no Mineirão renovou a confiança da torcida em alguns torcedores, mas deixou alguns sinais de alerta para o técnico Bruno Lage na sequência da temporada.
Por mais que o Alvinegro tenha aumentado para 13 pontos sua vantagem na liderança, ainda há algumas arestas para serem aparadas.
A opção por fazer com que as jogadas de ataque passassem por Eduardo passou longe de funcionar. Diante da pressão cruzeirense, o camisa 33 era bem marcado e não conseguia tabelar com Tchê Tchê ou com o setor ofensivo. As raras investidas de Victor Sá e Júnior Santos culminavam em lançamentos para que Tiquinho Soares disputasse com a zaga adversária.
Enquanto isso, Lucas Silva tinha liberdade para distribuir passes e encontrava brechas para que William e Matheus Pereira surgissem nas costas de Marçal. Foi nesse momento que o Alvinegro começou a mostrar sua maior qualidade no confronto.
Victor Cuesta e, principalmente, Adryelson se mostraram implacáveis na marcação. O camisa 34 praticamente se atirava a cada lance para impedir eventuais investidas. A dupla de zaga honrou sua grande fase ao mostrar bom entrosamento.
![tiquinho soares](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,height=530,quality=75,format=webp/uploads/2023/08/tiquinho-soares.jpg)
No entanto, a atípica pouca inspiração ficou ainda maior depois da baixa de Tiquinho Soares. A decisão de lançar Lucas Fernandes e designar Eduardo para atuar mais adiantado não evitou que a equipe andasse em círculos e ficasse previsível diante de um adversário com meio de campo forte. A entrada de Matías Segovia no intervalo culminou no único chute alvinegro na partida, mas as jogadas botafoguenses continuaram a não sair com naturalidade.
Posteriormente, Carlos Alberto e Janderson entraram e tentaram dar mais poderio ofensivo ao Glorioso. Mas a equipe estava muito desajustada, sem sintonia e pouco criava.
Além disso, os laterais Di Plácido e Marçal também subiam pouco, devido à força que o Cruzeiro passou a impor na reta final. Rapidamente, o Botafogo foi perdendo o rumo e se atando de novo.
![Lucas Perri Cruzeiro x Botafogo (Foto: Vítor Siva/Botafogo)](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,height=530,quality=75,format=webp/uploads/2023/08/53098714425_16980e017f_o-1920x1280.jpg)
Mesmo em meio a tantos apuros, o Alvinegro, mais uma vez, viu sua salvação passar pelas mãos de Lucas Perri. O goleiro salvou chute traiçoeiro de Matheus Pereira. O cerco cruzeirense continuava e, nos últimos minutos, coube a Perri espalmar duas cabeçadas à queima-roupa de Rafael Elias.
Em meio a solavancos, tensões, dores e queixas do gramado do Mineirão, o ponto agarrado graças às atuações do camisa 12, de Adryelson e Cuesta. Passada a rodada na qual o Botafogo teve atuação aquém do esperado, o momento é de abrir novamente os caminhos para a criação de jogadas. Há muito em jogo.