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Há 95 anos nascia Nilton Santos, a ‘Enciclopédia Alvinegra’ do futebol

Craque imortal do esporte vestiu apenas as camisas de Botafogo e da Seleção Brasileira e hoje dá nome ao Estádio e local de treinamento do clube, no Rio de Janeiro<br>

Nilton Santos pelo Botafogo
Botafogo foi o único clube da carreira de Nilton Santos (Foto: Reprodução)

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Há exatos 95 anos, nascia para o mundo um craque cuja idolatria resiste ao tempo, o inesquecível Nilton Santos. Da estreia pelo Botafogo, em 1948, até a aposentadoria, em 1965, defendeu apenas as cores do Alvinegro e da Seleção Brasileira. Foi imortalizado como um dos melhores jogadores do mundo, ao inovar como um zagueiro que, ao contrário dos demais, não se limitava a defender, mas que aventurava-se com regularidade à área adversária. Não à toa, ganhou o apelido de "Enciclopédia do Futebol", graças à ampla visão de jogo, fundamental na conquista do Bi pelo Brasil, nas Copas de 1958 e 1962.

Foi com o craque nascido e criado no bairro da Ilha do Governador que surgiu a posição de lateral ou ala moderno. A ousadia era sua característica mais marcante e, com ela, impôs-se como um jogador muito à frente do seu tempo. Partia sem medo para cima dos adversários, com dribles curtos e lançamentos precisos, em uma época que laterais apenas defendiam. 

A explicação reside no fato de que sonhava em ser atacante quando testado no Alvinegro, em 1948. O técnico Zezé Moreira viu além e decidiu utilizar Nilton na defesa. A insistência em atacar lhe custou o banco de reservas na Copa do Mundo de 1950, por contrariar o treinador da Seleção, Flávio Costa. As glórias com a Amarelinha viriam alguns anos depois, na conquista dos Mundiais de 1958 e 1962. 

Fidelidade ao Glorioso

Foram ao todo 719 jogos, em 16 anos, período no qual estabeleceu profunda identificação com a torcida alvinegra. Pelo clube ao qual foi fiel durante toda a carreira, levantou os canecos dos Cariocas de 1948, 1957 e 1961/62 e do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964).

Fora de campo, é lembrado pela humildade e pela amizade com Garrincha, de quem tornou-se uma espécie de padrinho. Após enfrentar o Mané em um treino, Nilton praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido ponta-direita.

Em 2009, o Botafogo ergueu uma estátua em homenagem a Nilton Santos no antigo Estádio Olímpico João Havelange, que hoje carrega o nome do ídolo. Morreu, aos 88 anos, vítima de infecção pulmonar, no dia 27 de novembro de 2013, com o merecido reconhecimento da sua incrível capacidade de encantar os fãs do futebol-arte.

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