Empate, em casa, para um time que quer se afastar da zona de rebaixamento, está longe de ser um bom resultado. Mas o Botafogo pode, sim, tirar boas notícias da atuação que resultou no ponto único da equipe na partida desta quarta-feira, contra o Cruzeiro.
A começar pela opção de mudar jogadores e, principalmente o sistema de jogo. Zé Ricardo esqueceu a tentativa de igualar o 4-2-3-1 tão comum no futebol brasileiro atual e o substituiu por um 4-3-3 no ataque - 4-1-4-1 na marcação.
A sopa de números, na prática, significa que o treinador tirou o jogador que se plantava à frente dos dois volantes e colocou mais um jogador de contenção, só que atrás da dupla. Era Jean o mais recuado, com Rodrigo Lindoso e Bochecha alinhados.
A participação de Erik e Luiz Fernando no gol que abriu o placar é emblemática. Os pontas foram tão participativos quanto precisariam ser. No primeiro tempo, o Alvinegro tentou mais o jogo direto e conseguiu. No segundo tempo, precisou de mais volume e também criou.
Se faltou mais inspiração para transformar o volume em vitória, as extremidades do time é que decidiram. Saulo levou um gol numa bola defensável (apesar da força e da curva da bola) e Kieza quase não foi visto em campo. No jogo, o saldo é positivo. O problema é o contexto.
- Nossa realidade é se afastar da zona perigosa. Então seria um pouco de irresponsabilidade da minha parte visualizar outra coisa no momento - afirmou Zé Ricardo, antes de concluir, esperançoso:
- Realmente entendo que, com desempenhos como o que o Botafogo teve na partida de hoje, vamos estar mais próximos de outros objetivos - acredita o treinador botafoguense.