Após saídas internas, futuro do time de basquete do Botafogo é incerto
Dirigentes deixaram o comando dos esportes olímpicos do Alvinegro; Glorioso tem situação encaminhada para próxima temporada do NBB, mas sem participação garantida
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O basquete do Botafogo sofreu impactantes mudanças. Na mesma semana em que iniciou o pagamento a jogadores e funcionários referente ao salário da última temporada, Gláucio Cruz, diretor de esportes olímpicos, e Alexandre Brito, vice-presidente de esportes olímpicos, deixaram os respectivos cargos na última quarta-feira.
Ambos estavam decididos pela saída desde março, quando a temporada do NBB, por conta da pandemia do novo coronavírus, acabou de forma precoce. Alexandre e Gláucio não deixaram o cargo antes porque queriam honrar com os pagamentos da temporada passada e preparar o Alvinegro para os próximos meses. O futuro, contudo, não traz garantias.
Alexandre e Gláucio foram, em muitos momentos, vozes solitárias que lutaram pela continuidade do basquete em General Severiano. Internamente, a modalidade sempre sofreu com certa rejeição por beneméritos e pessoas com influência. Com a saída dos dois, portanto, a bola laranja nunca ficou "tão fraca" no Glorioso, apesar dos bons resultados em quadra.
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O Botafogo, atual campeão da Liga Sul-Americana, se garantiu na próxima Liga dos Campeões - o torneio mais importante das Américas. Antes de saírem, Alexandre e Gláucio deram entrada na papelada para o Alvinegro disputa-la, ainda sem data definida para começar. A mesma medida foi tomada com o NBB (Novo Basquete Brasil) e o Campeonato Carioca.
O planejamento, porém, começará praticamente do zero. Sem pessoas no comando, a diretoria do Botafogo, caso o desejo seja manter o basquete, terá que encontrar alguém para o comando dos esportes olímpicos com rapidez. Outras equipes do país já estão em fase final em relação à montagem do elenco e o Alvinegro ainda nem iniciou a questão de renovações de contratos.
O desejo do treinador Léo Figueiró e da maior parte dos jogadores é de continuar. As lideranças do plantel, pela identificação com o projeto, não pretendem pular do barco, mas também precisam de uma resposta definitiva da diretoria do clube. Na próxima temporada, o Botafogo contará, com patrocínios da Ambev e da Tim, com mais de R$ 5 milhões para a montagem do elenco - mais do que no ano passado, por exemplo.
Por mais que a papelada esteja encaminhada para o Botafogo participar de todas as competições na próxima temporada, a presença do clube de General Severiano no basquete ainda não é garantida. O Alvinegro corre contra o tempo para tomar uma decisão definitiva.
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