Após situação adversa, Botafogo é paciente, pensa o jogo e goleia
Alvinegro é dominado no primeiro tempo, mas retorna do intervalo com mais calma, controla ataque do Defensa y Justicia e garante classificação na Sul-Americana
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Na saída para o intervalo, um cenário de horror. Pela Copa Sul-Americana, no Estádio Norberto Tomaghello, nesta quarta-feira, o Botafogo pouco fez no primeiro tempo e havia sido dominado pelo Defensa y Justicia, que atacou desde o apito inicial e assustou o Alvinegro, principalmente nos cruzamentos em direção à área.
O Botafogo, por sua vez, pouco fez para suportar essa pressão dos argentinos. Por conta do resultado no Rio de Janeiro, já era esperado que o DyJ atacasse desde o primeiro minuto, mas o Alvinegro não sabia como reagir às jogadas adversárias. Nas poucas vezes que esteve com a posse da bola, buscou, por meio de chutões, assustar, mas pouco produzia. A equipe de Zé Ricardo se livrava da bola e nem conseguiu finalizar na primeira etapa.
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A virada de chave
No segundo tempo, as mudanças feitas por Zé Ricardo foram fundamentais para o resultado final. O treinador inverteu os lados de Pimpão e Erik: o camisa 17 foi para a direita com o objetivo de ajudar Marcinho a conter os ataques do DyJ, que foi presente pelo lado esquerdo nos primeiros 45 minutos. O camisa 11, por sua vez, seria a válvula de escape, o responsável por atacar os espaços deixados pela adiantada linha de defesa dos canarinhos.
Essa mudança inibiu o ímpeto ofensivo do Defensa y Justicia, que, sem criar jogadas e com a necessidade de marcar um gol, deu mais espaços para o Botafogo explorar no campo de ataque. Além disso, o Alvinegro parou de se livrar de qualquer jeito e passou a pensar nas posses. Sempre que possível, era possível ver os jogadores de meio-campo rodando a bola até encontrar um buraco na defesa adversária. Deu certo nos lances dos dois primeiros gols.
Diante de uma situação adversa, vendo o adversário dominar a partida, o Botafogo não se precipitou e soube jogar uma competição internacional. Zé Ricardo foi essencial para parar uma das melhores equipes da Argentina e, no estádio em que não perdiam há mais de um ano, golear o DyJ. Esses jogos mostram o que a Sul-Americana pode ser complicada e que nem sempre dá para jogar bem, mas que, mesmo assim, é possível conquistar o resultado.
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