Apresentado pelo Botafogo, Artur Jorge exalta a história do clube: ‘Conheço a dimensão’
Treinador português tem contrato com o Alvinegro até o final de 2025
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O Botafogo apresentou o seu novo técnico para a temporada. Trata-se do português Artur Jorge. O treinador exaltou a história do clube e revelou os motivos pela escolha de vir para o futebol brasileiro.
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Para mim foi muito fácil, até porque, quando na primeira conversa que tivemos com o John para falarmos sobre a possibilidade de avaliar aquilo que eu poderia ter interesse de vir para cá, foi fácil, porque eu conheço a dimensão do Botafogo, sei perfeitamente porque é daqueles clubes que desde muito novos e quem é apaixonado pelo futebol, que é o meu caso, desde sempre que ouvi falar. Quando falamos em Brasil, falamos também em Botafogo
declarou Artur Jorge
Artur Jorge tem um estilo de jogo ofensivo. Este foi um dos motivos que fizeram John Textor escolhesse o técnico português para comandar o Botafogo. O novo treinador espera que o time seja uma equipe dominante.
- Não seria muito coerente se dissesse que minha ideia é manter o que está sendo feito. Meu objetivo nesse momento é fazer com que este Botafogo possa ser uma equipe dominante, que tenha coragem, preenchida de valores que cremos que podem identificar e ter uma identidade muito própria - disse o treinador português. E emendou:
- Para que nós possamos, dentro daquilo que é o contexto do elenco, ajustar e determinar aquilo que é nossa ideia de jogo. Para conseguirmos de uma forma muito clara fazer com que os jogadores se adaptem e acreditem naquilo que é a ideia de toda a comissão técnica, para conseguirmos criar uma equipe que possa ter também aquilo que é a identidade de sua comissão técnica.
Além disso, o novo técnico quer fazer do Botafogo uma equipe vitoriosa. Independentemente de contra quem for jogar e quando quer que seja.
- Sabemos que a torcida tem expectativas altas. Temos que garantir uma coisa: que seremos sempre uma equipe corajosa, determinada e que possa jogar para ganhar contra quem for, ou quando quer que seja.
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- Conheço todo o elenco que temos à disposição, estamos falando de um elenco grande demais para aquela que é a minha perspectiva de elenco para atacarmos a temporada. De qualquer forma, nós também somos consumidores do futebol brasileiros. Agora fazemos parte direta, mas éramos consumidores do futebol brasileiro e portanto conhecemos os jogadores que estavam aqui, não reduzimos nosso conhecimento aos jogadores que trabalhavam ou jogaram na Europa.
- Conhecemos esses de uma forma mais aprofundada, porque a informação e a visibilidade que tinham lá eram mais próximas, até porque alguns deles jogaram em Portugal, temos essa facilidade. Mas nesta altura, também fizemos o nosso trabalho para ter a maior informação possível. Sabemos da qualidade que existe, é mais do seu estado emocional, social, de que forma estão comprometidos com aquele que é o projeto que queremos abraçar. Tudo isso faz com que tenhamos esse conhecimento, mas que será sempre aprofundado com o passar do tempo.
- Satisfeito nesta altura com o que tenho visto. Acima de tudo, uma questão importante é o compromisso que temos sentido de todo o elenco em cada um dos treinos para poder ser o mais fiel e rigoroso naquilo que temos disponível. Foram só dois treinos, mas tenho os visto comprometidos para poder atacar e fazer com que esta seja uma temporada de sucesso para todos nós.
PROJTEO DO BOTAFOGO
- Os projetos têm sempre um denominador comum que depende de resultados, depende daquilo que é o ganhar. Tenho uma filosofia não só naquilo que é a minha vida, são valores que têm me guiado naquilo que é a minha trajetória, mas também naquilo que é uma missão muito forte para ter equipes que tenham essa capacidade. Que sejam corajosas, lutem para ganhar, para que nós possamos ter o sucesso do projeto.
- Quando falo de projeto, é reerguer um Botafogo que há três temporadas disputou Série B. Nesta altura, é uma equipe que também busca consolidar a sua trajetória na Série A. Basta ver aquilo que foi feito na primeira metade do campeonato (de 2023). O que procuraremos a partir daqui é acrescentar consistência, possibilidade de que possamos ter pelo menos coragem e capacidade de ter uma equipe competitiva. Uma equipe que seja toda ela determinada e em busca de um objetivo só. É nesse sentido que eu tenho falado sempre em agregar, juntar, acrescentar valor. E o valor se acrescenta com as pessoas que trabalham aqui dentro. Não só como técnico, comissão.
- A parte mais visível é sempre o elenco e o treinador, mas há muita gente que trabalha de forma apaixonada, muito crente naquilo que faz. Para mim, isso é o projeto: as pessoas. São as pessoas que fazem a diferença. Tenho falado e já falei também com todo o grupo, com o staff que vão acompanhar no CT. As pessoas fazem a diferença. Se estivermos todos determinados, capazes e com vontade de fazer… Se cada um de nós der o melhor, estou convencido de que possa ser um projeto de sucesso em função daquela que seja a disponibilidade para dar o melhor de si, da forma apaixonada como acreditamos.
OBJETIVOS NO BOTAFOGO
- Há uma questão aqui muito importante e compete a nós, enquanto comissão técnica, assim como a própria estrutura, sermos capazes do controle emocional para conseguirmos gerir as expectativas. Percebo essa questão, e seria muito mais fácil falar aqui muita coisa que eu não vou falar. Precisamos ter essa consciência. Nós temos um longo trabalho pela frente. Vamos trabalhar de forma a criar uma identidade muito forte na equipe, de grande capacidade de abordagem do jogo, intensidade, seriedade, agressividade.
- Isso são aspectos que controlamos, dominamos e termos que por em prática. Aquilo que é importante para nós também é sermos capazes de controlas expectativas, para podermos saber que o caminho é longo. Já temos uma garantia de 63 jogos. Muita coisa vai acontecer, temos tempo para trabalhar, o que não é muito nesta altura para nós. Iremos fazer com que você saiba chegar gradualmente ao ponto que queremos. Sabemos que a torcida tem expectativas altas. Temos que garantir uma coisa: que seremos sempre uma equipe corajosa, determinada e que possa jogar para ganhar contra quem for, ou quando quer que seja.
TRABALHO EM CONJUNTO COM A COMISSÃO QUE ESTÁ NO BOTAFOGO
- O Fábio (Matias) tem sido de grande cooperação, e eu creio que a estrutura muito antes de pensarem em mim, ou de os outros chegarem a mim, tinham também isso muito definido e claro com o Fábio, daquilo que seria o seu trajeto nos cerca de 45 dias que esteve à frente do clube. Portanto, seria sempre um trabalho de transição e de trabalho interino. Neste momento nós, como vos disse, nós viemos para agregar, para somar, sempre com um objetivo muito claro de que aqui o mais importante será sempre o Botafogo, e nesse sentido, nós fizemos também qualquer integração, quando as coisas são feitas de forma clara, honesta e transparente, ninguém fica insatisfeito ou injustiçado.
- O Fábio, nesta altura, é um dos elementos que vai, até porque vai ser o auxiliar permanente do clube, vai integrar a equipa técnica, temos tido cuidado de conversar já várias vezes sobre isso. De nos trazer informação que nos ajuda a conhecer melhor o elenco, acima de tudo daquilo que é a personalidade de todos os escritores que nós ali temos, mas também que nós iremos e fazemos com que ele se sinta útil dentro do papel que tem a equipe para poder, dentro daquilo que foi o trabalho que estava anteriormente, passar nesta altura para uma posição que será de menor visibilidade porque vai integrar aquilo que é a minha comissão que, como vocês sabem, já tem quatro elementos, mas com um objetivo muito claro de podermos todos contribuir e ajudar com que o Botafogo possa ser mais forte e sabendo ele também.
MAIS SOBRE O PROJETO DO BOTAFOGO
- É um clube que nesta altura tem uma necessidade muito grande de se reinventar, de se reorganizar, de poder voltar a ser a equipe, o clube competitivo que nós precisamos e que os torcedores tanto desejam. E isso faz com que eu possa sentir que este é um desafio e eu o aceitei com toda a convicção. Essa que me levou também, como dizes e bem, a pedir para sair do projeto que tinha porque queria de fato fazer parte deste projeto desde logo. E este projeto cativa-me também por aquilo que é a parte desportiva, em que nós temos que ser capazes de poder voltar a ter um Botafogo que possa ser capaz de lutar pelas decisões e por aquilo que possam ser os lugares cimeiros, e que possa lutar também por todas as competições em que está inserido.
- E nós temos este ano três competições muito importantes para nós. O regresso à Libertadores, ao fim de sete ou oito épocas temporadas de afastamento. Portanto, há aqui condições para nós conseguirmos perceber que competitivamente e em termos desportivos estamos inseridos em todas as grandes competições que dizem respeito àquilo que é, não só a América do Sul, mas também aquilo que é, especificamente, o Brasil. E, portanto, poder abraçar este projeto. Com determinação, com ambição e poder ser mais um a ajudar, porque na verdade é isso que acontece também. É poder trazer eu e a minha comissão técnica ensinamentos e aquilo que é em nossa experiência também para possamos ser capazes de fazer ou de ajudar aqueles que aqui estão, e é nesse sentido que nós nos colocamos à disposição de volta ao futebol.
PRIMEIRO TRABALHO LONGE DE PORTUGAL
- Sim, a verdade é que eu tinha dito também que aquilo que tem sido o projeto que nós queremos nesta altura, em termos de identidade, por aquilo que é o projeto que nos foi apresentado, sabemos que é, como diz, um projeto que teremos pela frente uma dificuldade e um desafio tremendo. Mas é exatamente isso que me desafia. É a possibilidade de poder fazer com que possa sair da minha zona de conforto, sair daquilo que é um projeto que nós tínhamos estabilizado, que estava encaminhado e um projeto que nos traria ou que levaria ao sucesso como levou pela conquista de um dos títulos desta temporada já.
- Mas acima de tudo para nós podermos nos desafiar enquanto técnicos e podermos contribuir para o sucesso deste que é um clube gigante, deste glorioso que nós queremos que possa ser e que volte o quanto antes. Portanto, este é o nosso desafio e queremos acreditar que aquilo, que é o trabalho que aqui iremos desenvolver, vai muito ao encontro daquilo que foi a nossa ambição, a nossa determinação de agarrar este projeto sem termos qualquer tipo de dúvida.
SISTEMA DEFENSIVO DO BOTAFOGO
- Nós temos e teremos pela frente um desafio tremendo a partir desta altura, porque nós sabemos e sentimos que as dificuldades maiores começaram na passada semana quando iniciou a Libertadores. A partir desta altura o grau de dificuldade que teremos em cada um dos jogos será sempre maior. Fizemos um arranque de ano com o estadual em que é um momento em que a equipe se vai conhecendo e vai tendo a integração de alguns jogadores também, de alguns atletas.
- E há aqui a perfeita consciência de que tudo será diferente, tudo será maior em termos de dificuldades daqui para frente e aquilo que nós procuraremos é aquilo que é a base do sucesso, é a consistência. Nós não podemos dividir nem separar aquilo que é a equipa em momentos ofensivos e defensivos, nós temos que ter a capacidade de trabalhar enquanto equipe, e para mim uma equipe começa no goleiro e termina no atacante. Portanto é nesse sentido que eu irei ter esse trabalho também. Também é a minha função, é a minha missão para poder fazer e agregar aquilo que queremos, mas sem nunca separar aquilo que são a noção de que temos que ser mais fortes defensivamente.
- Sim, eu tive essa conversa hoje com alguns atletas, exatamente nesse sentido, tive uma conversa mais direcionada também para aqueles que são mais expostos no momento defensivo, com os goleiros, os zagueiros, os laterais, porque nós não podemos depender do resultado de um setor, nós temos que trabalhar e ser enquanto equipe, uma equipe mais forte, mais consistente, e essa consistência é aquilo que nós iremos procurar, para que depois, a partir daí, com essa consistência e com aquilo que é o trabalho que temos pela frente, podermos equilibrar agora. O tempo não é muito, é verdade, andamos a trabalhar em contra relógio, estamos a procurar com que a equipe também assimile rapidamente aquilo que são as nossas próprias ideias. É uma altura difícil para nós, para os atletas.
- Também que se ajustar rapidamente a nós, mas eu estou muito confiante, estou muito confiante com aquilo que temos a fazer, estou muito confiante com aquilo que é o nosso trabalho e assim também com a confiança dos atletas, para mim eu digo sempre que no futebol o melhor de tudo somos atletas, e eu estou satisfeito com os atletas que têm a minha disposição, e é neles que eu acredito para que nós possamos de fato ter a temporada que desejamos.
PRESSÃO SOBRE OS TÉCNICOS NO FUTEBOL BRASILEIRO
- A pergunta é longa e expõe aquilo que é a realidade. Essa questão (de pressão sobre técnicos) não se coloca apenas no Brasil, mas em muitos pontos do globo. Há uma questão que me deixa muito confortável aqui que é a confiança naquilo que tenho como trabalho. Sabemos que se não for competente, seu lugar está sob ameaça. No futebol é mais fácil, pois somos todos objetos de julgamento, mas aquilo que tenho como convicção.
- Estou começando um projeto. Não falo, nesta altura, do que quer que seja que não seja me agarrar ao projeto que temos com toda a determinação, sabendo da dificuldade que temos pela frente. Não tenha muitas expectativas em relação àquilo que possa ser mais cedo ou mais tarde. É importante que possamos pensar apenas naquilo que é o foco e no que temos que fazer. Ajudar a equipe para que o elenco nos ajude também. Quando você fala se pensei em algum ponto, esse é um ponto chave. Temos jogadores capazes, comprometidos, determinados a ajudar.
- E o ajudar tem muitas variáveis. Da mesma forma que quero ganhar, e ganhar muitas vezes, certamente tenho um elenco ao meu lado que quer ganhar tanto quanto eu. Quero juntar a tudo isso a vontade de ganhar da torcida para que todos possamos ser mais unidos, fortes e determinados. E que não sejamos sujeitos a julgamentos pelo resultado. Há um projeto, e os resultados que teremos nem sempre serão aqueles que queremos, mas que nada devem desviar em relação ao projeto.
JORGE JESUS E ABEL FERREIRA
- Servem. Seguramente, até porque estava a dizer que naquilo que é um passado mais longínquo nós víamos o Brasileirão e as equipes brasileiras de uma forma quase que mais descomprometida. A partir do momento que tivemos de fato uma uma chegada de treinadores portugueses, treinadores de grande qualidade, todos treinadores de projetos com sucesso e projetos que estão a ser consolidados, também vemos com mais atenção. Nós temos essa característica também, e até porque tenho relação de amizade com alguns deles, caso do Abel, e com toda a sua comissão técnica, que fomos, inclusive, colegas de equipe.
- Portanto, há aqui esse conhecimento e há naturalmente também o acompanhamento daquilo que foi o seu trajeto enquanto técnicos de outras equipes. E é nesse sentido que dentro daquilo que procuramos. Não falei com eles de forma direta até o momento, até porque já tivemos conversas anteriores à minha chegada aqui, em outras alturas em que falamos exatamente sobre aquilo que é as campanhas que aqui têm, das dificuldades e das vantagens e das ambições que têm em cada um dos seus projetos.
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