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Rostos conhecidos, mudanças e dificuldade para marcar a entrada da área: o Avaí que enfrenta o Botafogo

Equipe comandada por Claudinei Oliveira é a que mais finaliza na Série B, mas tem dificuldade para colocar as bolas na rede; Bruno Silva e Edilson são destaques

Avaí
Bruno Silva e Edilson, ex-Botafogo, pelo Avaí (Foto: Frederico Tadeu/AFC)

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O oitavo de 38 capítulos. Após se recuperar na Série B diante do Vitória, o Botafogo retorna aos gramados neste sábado para medir forças com o Avaí, às 21h, na Ressacada, pela 9ª rodada da competição. Vale ressaltar que o Glorioso possui um jogo a menos em relação a grande parte dos times do torneio.

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A equipe catarinense chega com uma campanha similar a do Botafogo. Apenas um ponto separa os dois times na tabela: o Avaí, com 10, é o 11º colocado; o Botafogo, que tem 11, está na 7ª posição. Portanto, é um confronto de diretas intenções ao G4 da Série B.

Qual é a cara do Avaí que chega para enfrentar o Botafogo? Assim como o próprio Alvinegro, o rival deste sábado passa por momento de irregularidade. Campeão catarinense, o Leão da Ilha ainda não possui uma maneira clara e concreta de jogo. Quem explica isto é Eduardo Fernandes, setorista da equipe no Grupo "VEG Esportes", em entrevista ao LANCE!.

- O Avaí com o Claudinei em outras oportunidades jogou muito mais de uma forma defensiva do que ofensiva. Nesse ano, ele tem colocado o Avaí um pouco mais para a frente. Mas se for ver os últimos jogos, o Avaí atacou, atacou e atacou, mas não conseguiu fazer tantos gols. Na última partida, fizeram um gol no começo, ficaram retraídos e praticamente não jogaram mais no primeiro tempo. No geral, o time varia a estratégia, mas é muito mais defensivo do que ofensivo, apesar de ter exceções em alguns jogos - explicou.

O time comandado por Claudinei Oliveira chega para a partida sendo a equipe com a maior média de finalizações da Série B. Por partida, a equipe catarinense tem 14.3 chutes por partida - dados do "SofaScore". Contudo, isto não tem resultado em gols: o Leão balançou a rede oito vezes em sete duelos.

- O ataque do Avaí é horrível, sofrível. Não consegue fazer gols na medida da oportunidades que são criadas. Contra o CRB, recentemente, tiveram quase 80% de posse de bola, vários chutes, mas só fizeram um gol e ainda quase sofreram o empate no final com um jogador a mais. O sistema ofensivo deixa muito a desejar - afirmou.

O MAPA DA MINA
Defensivamente, o Avaí é marcado pela compactação e por defender em blocos. A equipe, resumidamente, joga e deixa o adversário jogar. O time foi vazado em nove oportunidades na Série B e permite, em média, que o seu adversário finalize 11,8 vezes por partida.

O número médio do Botafogo neste quesito, por exemplo, é 11,6 por jogo. Ou seja, ao mesmo tempo que o Leão da Ilha vai ao ataque, também dá espaços para que os adversários façam o mesmo.

- O Avaí é muito compactado atacando e defendendo. Tem jogadores experientes que são importantes para o grupo, o Betão, Gledson, Edilson, Bruno Silva... Eles dão a tranquilidade para os atletas mais jovens. O Vinícius Leite e o Renato, que jogam pelas pontas, aparecem demais durante o jogo. A compactação, é um time que costumeiramente toma poucos gols, mesmo com a defesa tendo sido vazada algumas vezes nessa Série B - afirmou o jornalista.

O Leão tem uma dificuldade para marcar a entrada da área. O espaço entre os volantes e o zagueiros é nítido e, geralmente, há um buraco neste setor. Não à toa, o Avaí tomou quatro gols de fora da área na Série B - praticamente metade do total que foi vazado -, sendo três justamente nesse espaço de entrelinhas.

+ Veja a tabela da Série B

MUDANÇAS E FIGURAS CONHECIDAS
O Avaí, que teve um começo irregular, vem de duas vitórias seguidas na Série B. A equipe, porém, contará com um baque: Alan Costa, zagueiro que vinha sendo titular e um dos símbolos da defesa, foi negociado e não atua mais pelo clube. O Leão terá uma parceria inédita no setor para enfrentar o Alvinegro.

- O Avaí está empolgado pelos últimos jogos. O objetivo da temporada é voltar para a Série A. O Betão, principal líder do time, está se recuperando de lesão e não deve jogar. O Alan Costa, zagueiro que vinha se destacando, foi negociado com o exterior. O Avaí terá uma dupla de zaga nova. No ataque, o Jonathan fez dois gols nos últimos três, é um menino da base que está pedindo espaço. A defesa é uma incógnita pelas saídas recentes - colocou o jornalista.

Os destaques do Avaí são rostos conhecidos pelo torcedor do Botafogo. Bruno Silva, que se destacou em 2017 mas teve uma saída conturbada depois, e o lateral Edilson, desligado do clube durante o Brasileirão de 2014 junto com outros três jogadores.

- O Botafogo precisa ficar de olho no Edilson, quando ele joga bem o time faz boas jogadas pelo lado direito, Bruno Silva é o termômetro do Avaí. Quando ele está bem, o time vai bem, mas quando ele joga mal, o time não vai bem. Por último é o Jonathan, que está ganhando espaço e vem com uma sequência de gols. Em espaço curto ele consegue se livrar dos marcadores - finalizou.

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