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Em atuação irregular, Gustavo foi o sopro de criatividade do Botafogo

Camisa 11 teve a missão de substituir Cícero, suspenso pelo terceiro amarelo, e foi bem; dos seus pés, nasceram as melhores chances do Glorioso no empate sem gols com a Chape

Botafogo x Chapecoense - Gustavo Bochecha
imagem cameraGustavo atuou como primeiro volante (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 27/08/2019
15:44
Atualizado em 28/08/2019
07:00

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O Botafogo teve um desempenho sonolento e não saiu do zero contra a Chapecoense, na última segunda-feira, no Estádio Nilton Santos, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Diante de um cenário pouca criatividade, a "salvação" foi Gustavo Bochecha, que, atuando como primeiro volante, foi o responsável pela criação de boa parte das principais chances do Glorioso.

O camisa 11 teve a missão de substituir Cícero, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e atuou como primeiro volante, a posição que Eduardo Barroca gosta que o meio-campista atue. Apesar de ainda ter que mostrar mais intensidade sem a bola e melhorar na proteção defensiva, Gustavo Bochecha somou em quantidade com a produção ofensiva do Botafogo e sua atuação no Nilton Santos foi positiva.

Mesmo atuando em uma posição mais recuada do meio-campo, todo o jogo do Botafogo passou pelos pés de Gustavo Bochecha. Ao todo, o jogador, oriundo das categorias de base, contribuiu com 87 passes certos - e 86% de aproveitamento neste quesito - e criou três chances reais de gol. Os números são do site "Sofascore".

- De origem, ele sempre jogou de primeiro volante. Dependendo da partida, ele pode fazer um segundo jogador, porque ele tem qualidade para jogar pressionado. Hoje não tínhamos Cícero, então naturalmente o Gustavo foi a opção. Fez uma boa partida. Vamos fazer uma avaliação geral para começar a pensar a partida contra o Inter - analisou Eduardo Barroca, treinador do Botafogo, após a partida.

O melhor momento de Gustavo Bochecha contra a Chapecoense foi na etapa complementar. Como a equipe adversária se comportou com duas linhas de quatro marcadores bem compactas, os espaços para os jogadores do Botafogo progredirem era curto. Neste quesito, o posicionamento do camisa 11 é essencial: recuado, ele não sofria com esta marcação e, com espaço, tinha espaço para pensar e achar o melhor passe. Em uma comparação com o futebol americano, o jogador foi uma espécie de 'quarterback', o responsável por lançar a bola no esporte.

Com exceção da cabeçada na trave de Alex Santana após uma cobrança de escanteio, as principais oportunidades do Botafogo nasceram dos pés de Gustavo Bochecha. No segundo tempo, um passe do camisa 11 atravessou a defesa da Chapecoense e encontrou Diego Souza, que tirou do goleiro, mas viu Gum limpar a bola em cima da linha, antes dela entrar. Minutos depois, o meia voltou a dar um passe que "rasgou" a linha de marcação da Chape, mas o ataque não se entendeu e desperdiçou a jogada.

Gustavo Bochecha pode ser a tão esperada solução que Eduardo Barroca procura para enfrentar equipes que jogam fechadas, com uma marcação em bloco baixo. Até aqui, o Botafogo demonstrou dificuldade para conseguir o último passe, perto da meta adversária, mas os lançamentos longos do camisa 11 podem ser uma nova chave para o treinador.

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