Botafogo de Autuori repete erros antigos, mas garante objetivo de se classificar na Copa do Brasil
Ainda espaçada no meio-campo, Alvinegro permite finalizações em excesso do Náutico na estreia do novo comandante, mas classificação dá alívio ao trabalho continuar
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De novo, foi no sufoco. Assim como contra o Caxias, na estreia da Copa do Brasil, o Botafogo sofreu, mas se classificou para a terceira fase da competição após bater o Náutico por 4 a 3 nos pênaltis, após igualdade de 1 a 1 no tempo regulamentar. Gatito Fernández, com duas defesas em chutes à marca da cal, e Bruno Nazário, autor do gol durante os 90 minutos, foram os heróis no primeiro jogo de Paulo Autuori no retorno ao comando do Alvinegro.
A estreia do técnico, contudo, trouxe velhos problemas que o Botafogo convive. Diante de um Náutico que apostou nos movimentos de Jean Carlos entrelinhas - ou seja, no meio da marcação dos meias e dos zagueiros -, o Alvinegro teve dificuldades para colocar um volante em cima do atleta do Timbu, que teve espaço de sobra para finalizar, da entrada da área, no gol dos mandantes.
Não foi a primeira vez que isto acontece. Na verdade, o Botafogo possui a dificuldade de encontrar um antídoto para segurar a equipe adversária na entrada da área desde o ano passado. Os volantes não se entendem e acabam gerando espaços para o jogador rival. Por exemplo, o Náutico finalizou 17 vezes - o Botafogo, por outro lado, só chutou nove.
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No ataque, a escolha por Cícero no ataque não gerou o jogo de pivô que Paulo Autuori imaginava. O meio-campista de origem teve dificuldade de prender a bola contra a defesa do Náutico e, na única oportunidade que dominou a bola dentro da área, cruzou na cabeça de Danilo Barcelos, que desperdiçou.
O meio-campo, inclusive, permaneceu espaçado. Alex Santana foi responsável por levar a bola da defesa ao ataque, mas os jogadores de lado - Luís Henrique e o próprio Danilo - tiveram dificuldades de dar prosseguimento às jogadas. No primeiro lance que fez em campo, Luiz Fernando, substituído com a função de oferecer mais profundidade, explorou a linha de fundo após um passe do volante e encontrou Bruno Nazário para o empate do Botafogo.
A atuação pode não ter sido das melhores, mas o objetivo foi alcançado. Paulo Autuori, com apenas seis dias de treinamento desde que foi contratado, passou pelo "teste de fogo" e, agora, realmente terá tempo para explorar as ideias que pretende implementar na equipe. Consequentemente, a pressão inicial em cima do técnico irá diminuir. Além do mais, a premiação de R$ 1,5 milhão pela classificação vai aliviar a parte financeira do clube.
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