Botafogo afirma que vai reavaliar continuidade de esportes que não sejam autossustentáveis
Clube pode encerrar projetos de basquete e vôlei, por exemplo, e explica que está revisitando o orçamento para se readequar à nova política
Nesta segunda-feira, o Botafogo publicou uma nota oficial explicando algumas das mudanças que tem sido feitas visando o maior profissionalismo neste novo momento. O clube afirma que o presidente Durcesio Mello e o CEO Jorge Braga estão revisitando o projeto de orçamento e as despesas, que precisarão ser readequadas "a novos parâmetros, coerentes à política de austeridade que entrará em vigor".
Por isso, o Alvinegro informa que a continuidade de modalidades esportivas e outras atividades que não sejam autossustentáveis está sendo reavaliada. Ou seja, esportes como basquete, vôlei e outros olímpicos.
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O clube salientou que "são necessárias mudanças firmes no modelo de gestão atual, invariavelmente acompanhadas por rupturas na cultura interna e na dinâmica do processo decisório" e admitiu que há um esgotamento no atual modelo de gestão. A nota também diz que as novas medidas não devem ter efeito no curto prazo "embora seja absolutamente compreensível a ânsia por títulos e resultados imediatos".
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"O Botafogo irá atravessar um período de necessárias transformações para retomar a sua pujança institucional e esportiva. Com responsabilidade, transparência, gestão e saneamento financeiro — o que permitirá ao Clube resgatar sua credibilidade e valorizar seus ativos aos investidores — a instituição se tornará mais atraente", diz o Alvinegro.
Veja a nota oficial na íntegra:
"O Botafogo está trilhando, em 2021, um caminho sólido de alinhamento às melhores práticas de Governança Corporativa para reposicionar a marca, resgatar a autoestima do torcedor, equilibrar as finanças e garantir a mais alta competitividade esportiva dentro de uma nova realidade. Na esteira deste propósito, é imperioso salientar que são necessárias mudanças firmes no modelo de gestão atual, invariavelmente acompanhadas por rupturas na cultura interna e na dinâmica do processo decisório.
O movimento de profissionalização nos clubes é irreversível. Tendo como referências instituições esportivas que reconhecidamente obtiveram sucesso no cenário nacional e internacional, o Botafogo está desenvolvendo uma nova forma de gestão, rompendo com seus próprios paradigmas. Há um esgotamento no atual modelo, marcado por decisões por impulsos, emoções e investimentos sem pragmatismo, que impactaram frontalmente nos resultados dentro e fora de campo. A bola não entra por acaso.
Está em curso uma reformulação administrativa, econômico-financeira e organizacional do Botafogo. Nesta fase inicial, o Presidente Durcesio Mello e o CEO Jorge Braga estão imersos na avaliação interna da estrutura funcional — incluindo uma análise sobre o potencial de performance do profissionais e necessidades — e no desenvolvimento do plano estratégico, balizados por uma abordagem espartana e conscienciosa.
O Projeto de Orçamento e todas as demais despesas estão sendo revisados considerando o princípio do orçamento base zero e precisarão ser readequados a novos parâmetros, coerentes à política de austeridade que entrará em vigor. Baseado nesta premissa, cabe informar que está sendo reavaliada a continuidade de modalidades esportivas e outras atividades que não sejam autossustentáveis.
Ao longo desse processo, é importante que o torcedor entenda que os efeitos esperados pelas novas medidas não virão em sua maioria no curto prazo, embora seja absolutamente compreensível a ânsia por títulos e resultados imediatos.
O Botafogo irá atravessar um período de necessárias transformações para retomar a sua pujança institucional e esportiva. Com responsabilidade, transparência, gestão e saneamento financeiro — o que permitirá ao Clube resgatar sua credibilidade e valorizar seus ativos aos investidores — a instituição se tornará mais atraente".