O Botafogo reencontrou nesta quinta um adversário que causou uma verdadeira turbulência em seu elenco no primeiro turno. Em junho, o Alvinegro havia perdido, no Nilton Santos, para o Avaí, algo que gerou protestos e invasão ao Centro de Treinamento Espaço Lonier. Quatro meses depois, o Glorioso vive um momento distinto e, embalado, mantém vivo o sonho da Libertadores.
Naquela ocasião, a derrota colocou os comandados de Luís Castro no Z4. Desta vez, com um grupo reforçado, a equipe carioca entrou em campo e desde o primeiro minuto incomodou. Contudo, o que o time não contava era que Júnior Santos daria um carrinho imprudente na área e tocaria com a mão na bola.
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O árbitro consultou o VAR e assinalou a infração para a revolta da torcida. Bissoli, artilheiro do Leão da Ilha, cobrou com categoria e abriu o placar. A partir disso, o Alvinegro tentou empatar ainda no primeiro tempo, mas faltou intensidade e um jogo mais vertical com mais aproximação entre os jogadores.
Peças novas e mudança de comportamento
No vestiário, Luís Castro não só mudou peças, como mexeu com os brios de seus jogadores. A bronca relatada por Tiquinho surtiu efeito. As entradas de Jacob Montes e Víctor Sá foram certeiras, e o norte-americano iniciou bem a sua passagem pelo clube de General Severiano - ganhando elogios do comandante.
Na volta do intervalo, o que se viu em campo foi um Botafogo totalmente diferente. Com mais volume, começou a controlar o adversário e mostrar que, a qualquer momento, construiria mais um triunfo fora de casa. Destaque para a dupla Cuesta e Marçal, que fez muita falta diante do líder Palmeiras e deu segurança defensiva e apoio no ataque.
ATUAÇÕES: Marçal, Jeffinho e Tiquinho se destacam na vitória do Botafogo na Ressacada
E foi justamente por esses jogadores que o Alvinegro chegou ao empate. O lateral-esquerdo cobrou uma falta, na medida, para o argentino escorar e e soltar o grito de gol. O caminho da vitória era justamente pelo alto e com dez minutos, Cuesta apareceu bem de novo, e no rebote, Tiquinho emendou para o fundo da meta de Vladimir.
Naquele momento, a partida estava controlada e faltava ao Botafogo sacramentar o triunfo. Foi então que Eduardo fez fila em uma linda jogada e tocou para Jeffinho estufar a rede e correr para o abraço. Faltou concentração e capricho ao jovem atacante, que isolou por cima.
Momento decisivo e um sonho mais próximo
Esses detalhes servirão de experiência para uma equipe em formação, mas que começa a adquirir uma espinha dorsal. Faltava ao Glorioso formar um time competitivo com as peças que tem nas mãos. E as chegadas dos reforços na segunda janela de transferência deram ânimo e mais qualidade.
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No domingo, este elenco terá um teste de fogo. O duelo contra o São Paulo, no Morumbi, será essencial para as pretensões do Botafogo neste campeonato. Restam oito rodadas, mas a proximidade do G8, que antes era utópico, se transformou em realidade. Garantir a vaga na Libertadores logo no primeiro ano de SAF coroaria todos os esforços para que o projeto traga um futuro glorioso.