Contratado no início da temporada, o meia Bruno Nazário chegou ao Botafogo cercado de desconfianças em razão do longo período de inatividade no Athletico-PR, na temporada anterior. O jogador de 25 anos sofreu uma grave lesão no joelho que o manteve afastado dos gramados por oito meses. No Alvinegro, deu provas de que está em plena forma e tornou-se uma dos nomes mais importantes do time, ao lado de Pedro Raul, Marcelo Benevenuto e Honda e se consolidou como uma dos reforços mais certeiros do clube.
Em dez jogos em 2020, todos como titular, Nazário marcou três gols pelo Campeonato Carioca, nas vitórias contra Macaé, Resende e Boavista. O mais importante, no entanto, foi o gol de empate, na partida contra o Náutico, pela segunda fase da Copa do Brasil, quando o Glorioso avançou na competição após a disputa de pênaltis, no Recife.
Além dos gols, o camisa 10 tem sido fundamental na criação da equipe, como referência do meio-campo. Os números comprovam a importância de Bruno para gerar oportunidades de finalização para o Alvinegro. O meia foi responsável por 18 assistências que resultaram em finalização e é dono de um índice de passes certos de 86,5%, com 212 toques corretos em 245 tentativas. Nos cruzamentos também tem estatísticas favoráveis com 15 acertos, além de 18 lançamentos no alvo.
Bruno Nazário tem os direitos econômicos vinculados ao Hoffenheim-ALE e está emprestado ao Botafogo até o final do ano.
Disputa com Honda
A chegada do japonês Keisuke Honda gerou a dúvida se Bruno Nazário deixaria o time comandado por Paulo Autuori para dar lugar ao japonês. A partida contra o Bangu, no último domingo, pela terceira rodada da Taça Rio, deu uma resposta parcial aos questionamentos. A saída do camisa 10 foi, por ora, descartada e os dois figuraram na equipe titular.
Autuori optou por escalar Honda centralizado no meio-campo, responsável pela armação, atrás dos atacantes, posição na qual o camisa 4 prefere atuar. O brasileiro foi deslocado para a ponta direita para formar o trio de ataque com Luis Henrique e Rafael Navarro.
A formação não deve ser a única utilizada pelo treinador, mas o Botafogo ganha opções com a versatilidade já demonstrada por ambos. O próximo teste ainda não tem data para acontecer, diante da paralização das competições como forma de prevenção ao coronavírus, mas a briga sadia da dupla promete ajudar o Glorioso no restante da temporada.